terça-feira, setembro 04, 2007

Fafá de Belém


Fafá de Belém (Maria de Fátima Palha de Figueiredo), cantora, nasceu em Belém do Pará em 10/8/1956. Desde os nove anos gostava de cantar. Morou no Rio de Janeiro de 1970 a 1973, quando voltou a Belém, onde conheceu Roberto Santana, então empresário do conjunto Quinteto Violado, que a incentivou a se apresentar em público.


Ainda em 1973, fez sua estréia, cantando num show no Iate Clube de Belém. No ano seguinte, de volta ao Rio de Janeiro, participou de um espetáculo com Zé Rodrix, na boate Pujol e, depois, no Teatro da Lagoa e no Teatro Casa Grande. No final do ano, apresentou-se de novo em Belém, com Sérgio Ricardo, espetáculo que foi repetido, em janeiro de 1975, no Teatro Vila Velha, de Salvador BA.

Atingiu as paradas de sucesso, nesse mesmo ano, com sua interpretação de Filho da Bahia (Walter Queirós), especialmente gravado para a trilha sonora da novela Gabriela, da TV Globo. Ainda em 1975, saiu seu primeiro compacto pela Polydor (Phonogram), com as músicas Naturalmente (João Donato e Caetano Veloso) e Emoriô (Gilberto Gil e João Donato).

Em 1976 lançou pela Polygram seu primeiro LP Tamba Tajá, com o sucesso Este rio é minha rua. No ano seguinte, lançou também pela Polygram o álbum Águia. Gravou os mais diversos gêneros musicais, do rock ao bolero, do forró à guarânia.

Na década de 1980, destacou-se como uma das principais cantoras românticas brasileiras, com sucessos como Bilhete (Ivan Lins e Vítor Martins) e Memórias, do compositor pernambucano Leonardo, responsável pela venda de meio milhão de cópias do álbum Atrevida, pela Polygram.

Em 1984, época do Movimento Diretas Já, consagrou- se ao interpretar Menestrel das Alagoas (Milton Nascimento e Fernando Brant) em homenagem ao então senador Teotônio Vilela, para mais de um milhão de pessoas no comício da Candelária, no Rio de Janeiro.

Em 1993 gravou o CD Meu fado, premiado em Portugal com disco de platina logo na segunda semana após seu lançamento. Em 1994 assinou contrato com a Sony e lançou Cantiga pra ninar meu namorado, seu 16º disco. No ano seguinte, lançou o CD Fafá ao vivo (Sony), comemorando 20 anos de carreira.

No final de 1996, saiu o CD Pássaro sonhador (Sony), que marca um retorno às suas origens nortistas, com toadas e carimbós da região amazônica. Nos primeiros 21 anos de carreira, lançou 18 álbuns.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Elba Ramalho


Elba Ramalho (Elba Maria Nunes Ramalho), cantora, nasceu em Conceição de Piancó PB em 17/8/1951. Filha de João Nunes, agricultor e instrumentista de orquestra, de quem herdou o gosto pela música, passou a infância em sua cidade natal, no alto sertão nordestino. Em 1962, sua família mudou-se para Campina Grande PB, onde seu pai tornou-se proprietário do cinema da cidade e Elba fez o antigo curso ginasial.


Quatro anos depois, pisava no palco pela primeira vez, em uma apresentação do Coral da Fundação Artística e Cultural Manuel Bandeira, do qual fazia parte. Durante o curso universitário de sociologia e economia na Universidade Federal da Paraíba, formou o conjunto feminino As Brasas, o qual lhe valeu o convite de Roberto Santana, produtor de Chico Buarque e Caetano Veloso, para integrar o Quinteto Violado como crooner por uma temporada no Rio de Janeiro. Abandonou o curso universitário no último ano para mudar-se para o Rio de Janeiro, passando a freqüentar o Baixo Leblon, onde conheceu Alceu Valença e Carlos Vereza.

Em 1974 participou como bailarina da peça Viva o cordão encarnado, com o grupo de teatro Chegança, de Luís Mendonça, chamando a atenção da crítica por sua hiperatividade no palco, o que se tornaria sua principal característica.

Em 1979, após cinco anos no Rio de Janeiro, foi selecionada para participar da peça Ópera do malandro, de Chico Buarque e Rui Guerra. Sua interpretação da canção Meu amor (Chico Buarque), ao lado de Marieta Severo, fez enorme sucesso. Nesse mesmo ano, gravou um disco pela CBS, Ave de prata, sem maior repercussão.

Em 1980 gravou seu segundo LP, Capim do vale, e fez sua primeira apresentação internacional, na África. No ano seguinte, participou do Festival de Jazz de Montreux, Suíça, e lançou o disco Elba.

Em 1982 lançou o disco Alegria, vendendo mais de 300 mil cópias só no Brasil, e apresentou-se na Europa e em Israel. A música Eu quero um banho de cheiro, de Luís Gonzaga, estourou nas paradas. No ano seguinte, apresentou-se com grande êxito no show Coração brasileiro, exibido nas principais cidades do país. No final de 1982, apresentou um especial de fim de ano na TV Globo.

Em 1984 lançou o LP Do jeito que a gente gosta e voltou a apresentar-se no exterior (Japão e Cuba). Em 1987 ficou grávida de seu primeiro filho, mas, mesmo assim, não deixou de se apresentar nas principais capitais do Brasil com o show Elba, do LP homônimo.

Em 1988 lançou o disco Fruto e retomou as apresentações internacionais, excursionando desta vez pela Argentina e por Portugal. No ano seguinte, faria sua primeira apresentação nos EUA, após o lançamento do disco Popular brasileira.

Em 1990 lançou o disco Elba — Ao vivo e retornou aos EUA. No ano seguinte, lançou o disco Felicidade urgente, com nova tournée pelos EUA. Em 1992 lançou o disco Encanto e realizou sua maior excursão pela Europa. Com Margareth Meneses, fez uma tournée pelos EUA em 1993.

Em 1995 saiu o disco Paisagem e, no ano seguinte, dois CDs Leão do Norte e O grande encontro, sempre com tournées pelos mais diversos países. Em 1997 lançou pela BMG o CD Baioque, que além da música-título, de Chico Buarque, traz regravações de sucessos como Pavão misterioso, de Ednardo, e Paralelas, de Belchior.

Ainda em 1997, lançou em parceria com Zé Ramalho e Geraldo Azevedo o CD O grande encontro 2, com destaque para as faixas Pedras e maçãs e Miragens, ambas de Zé Ramalho e Geraldo Azevedo. Também em 1997 lançou pela BMG-Vídeo Elba inédito, com sua videobiografia.

Com cerca de 20 discos lançados no Brasil e no exterior, já havia conquistado até 1997 cinco Discos de Platina, concedido a artistas que ultrapassam a marca das 250 mil cópias vendidas, e oito Discos de Ouro, equivalente a 100 mil cópias vendidas.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Ednardo

Ednardo (José Ednardo Soares Costa Sousa), compositor e cantor, nasceu em Fortaleza-CE em 17/4/1945. Dos dez aos 15 anos estudou piano com professores particulares e aos 23 começou a prender violão como autodidata. No ano seguinte, 1969, juntou-se a grupo de jovens músicos conhecidos como Pessoal do Ceará.

Formou-se em química pela Universidade Federal do Ceará e viajou para o Sul do país, onde lançou, em 1972, seu primeiro disco compacto como compositor, com a música Beira-mar, em gravação de Eliana Pittman, na Odeon.

Seus principais parceiros são Augusto Pontes, Brandão, Fausto Nilo, Tânia Cabral e Climério. Em 1973 gravou, com Rodger e Téti, sob o nome de Pessoal do Ceará, na Continental, o LP Meu corpo minha embalagem todo gastona viagem, seguido de O romance do pavão misterioso, em 1974. Em janeiro de 1975 participou do festival Abertura com a música Valia (com Brandão).

Seu maior sucesso foi Pavão mysteriozo, música baseada na literatura de cordel, incluída em 1976 na trilha da novela "Saramandaia", da TV Globo.

Obras

Água grande (c/Augusto Pontes), 1974; Carneiro (c/Augusto Pontes), baião, 1974; Ingazeiras, 1972; Pavão misterioso, 1974; Terral, 1972; Valia (c/Brandão), valsa, 1975.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Paulo Barbosa

Paulo Barbosa, compositor, nasceu no Rio de Janeiro-RJ em 29/04/1900 e faleceu na mesma cidade em 04/12/1955.

Irmão do sambista Luís Barbosa e do comediante Barbosa Júnior compôs valsas como Cortina de veludo, com Osvaldo Santiago e Italiana com José Maria de Abreu e Osvaldo Santiago.

Em 1936, Carlos Galhardo gravou na Columbia a valsa Cortina de veludo e a canção Cantiga de ninar. No ano seguinte, o mesmo Carlos Galhardo gravou a valsa Italiana, Moacir Bueno da Rocha as valsas Tapete persa e Um beijo em cada dedo, parcerias com Osvaldo Santiago e o Bando da Lua a Marchinha do grande galo, parceria com Lamartine Babo, grande sucesso carnavalesco.

Em 1938, Castro Barbosa gravou a marcha Branco não tem coração, outra parceria com Osvaldo Santiago. No ano segunte, compôs com Silvino Neto a marcha Senhorita Pimpinela, gravada pelo próprio Silvino Neto na Victor.

Em 1940 compôs o samba Samba lelê e com Silvino Neto a marcha Laranja seleta, ambas gravadas por Carlos Galhardo na Victor. Em 1944, Dircinha Batista gravou a marcha Voltemos à Viena, parceria com Osvaldo Santiago e o samba Alarga a rua, parceria com Roberto Martins e Osvaldo Santiago.

Um de seus principais intérpretes foi o cantor Carlos Galhardo que gravou entre outras, as valsa Mulher, parceria com Rosa Floresta e Torre de marfim,parceria com José Maria de Abreu e Osvaldo Santiago.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.