sexta-feira, dezembro 31, 2010

Furinha

Furinha - 1956
Furinha (Demerval Fonseca Neto), instrumentista e compositor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9/6/1903, e faleceu provavelmente nos anos 1970. Nasceu no bairro do Catumbi.

Toda a família tocava de ouvido e, por volta de 1920, começou a tocar cavaquinho e, logo depois, bandurra (espécie de bandolim). Começou a compor ao iniciar seu trabalho em orquestra.

Em 1926 participou da Orquestra Raul Lipoff, tocando banjo, e com ela apresentava-se em festas e bailes. Em 1927 lançou pela Odeon o choro Tudo teu, sua primeira composição gravada.

Em 1929 obteve sucesso com a gravação do choro Verinha, pelo trompetista Djalma Guimarães, na Odeon. No ano seguinte, Francisco Alves gravou, na Odeon, sua composição Tristeza havaiana (com Lamartine Babo), com acompanhamento da Orquestra Pan-American, no qual faz um solo de guitarra havaiana.

Em 1931 passou a integrar a Orquestra de Simon Bountman, no Cassino do Copacabana Palace Hotel, na qual atuou até 1935, passando a exercer a partir de então sua profissão de dentista.

Teve várias outras composições gravadas, entre as quais Distância infinita, pelo cantor Paulo Tapajós, e Onde estás, por Vero (Radamés Gnattali).

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira – Art Editora e PubliFolha – 2ª. Edição – 1998; jorgecarvalhodemello – Foto do Furinha (Demerval da Fonseca Neto) (a foto e a data provável do falecimento).

Walter Franco

Walter Franco
Walter Franco (Walter Rosciano Franco), compositor e cantor, nasceu em São Paulo, SP, em 6/1/1945. Filho do radialista e escritor Cid Franco, estreou como participante de festivais universitários, quando era aluno da Escola de Arte Dramática, de São Paulo.

Nessa escola, compôs músicas para as peças Caminho que fazem Darro e Genil até o mar, de Renata Pallottini, A caixa de areia, de Edward Albee, As bacantes, de Ésquilo, entre outras. Foi o autor do tema da novela Hospital, da TV Tupi, gravada em compacto simples pela Philips em 1971, com arranjos do maestro Luís Arruda Pais e participação vocal de Sílvia Maria.

Participou do I, II e III Festivais Universitários, da TV Tupi paulistana, no primeiro com a música Não se queima um sonho, defendida por Geraldo Vandré; no segundo com Sol de vidro (com Eneida), classificada em terceiro lugar, e no terceiro com duas músicas, Animal sentimental e Pátio dos loucos.

Em 1972 obteve prêmio especial com Cabeça, no VII FIC, da TV Globo, Rio de Janeiro RJ. Seu primeiro LP foi lançado pela Continental em 1973; dois anos depois, colocou sua música Muito tudo em terceiro lugar, no Festival Abertura, da TV Globo, de São Paulo.

Em 1979 participou do Festival da TV Tupi com Canalha. Em 1982 participou do MPB Shell com Serra do luar. Em 1984, sua música Seja feita a vontade do povo ganhou destaque durante o Movimento Diretas Já.

Excursionou pelo Brasil em 1997, com o show Não violência, que incluiu as inéditas Quem puxa aos seus não degenera, uma balada pacifista; Na ponta da língua; É natureza criando a natureza; Sargento Pimenta, uma homenagem a John Lennon; Nasça, em parceria com  Arnaldo Antunes; e Totem, a partir de um poema de José Carlos Costa Neto. Lançou os discos Cabeça, Revólver, Ou não, Respire fundo, Vela aberta.

Em 2000, participou do Festival da Música Brasileira (Rede Globo) com sua canção Zen (com Cristina Villaboim).

Lançou, em 2001, o CD Tutano, contendo suas composições Zen, Gema do novo e Acerto com a natureza, todas com Cristina Villaboim, Nasça, Totem, Quem puxa aos seus não degenera, Na ponta da língua, Ai, essa mulher, Intradução, Senha do motim, Cabeça, Distâncias e Muito tudo, além da faixa-título.

Em 2003, apresentou-se no Centro Cultural Banco do Brasil (RJ), dentro da série Transgressores.

Obra

Acerto com a natureza (c/ Cristina Villaboim), Água e sal, Ai, essa mulher, Apesar de tudo é muito leve, Arte e manha, Até breve (c/ R.Bonvicini), Berceuse dos elefantes, Bicho de pelúcia (c/ Sergio Pinto de Almeida), Bumbo do mundo (c/ Chico Bezerra), Cabeça, Cachorro babucho, Canalha, Cena maravilhosa (c/ Cid Franco), Como tem passado, Coração tranqüilo, Corpo luminoso (c/ Régis Rodrigues Bonvicino), Criaturas (c/ Cid Franco), Distâncias, Divindade, Doido de fazer dó, Eternamente, Fado do destino, Feito gente, Filho meu (c/ Cid Franco), Flexa, Gema do novo (c/ Cristina Villaboim), Govinda, Intradução, Lindo blue, Luz da nossa luz, Luz solar, Mamãe d'água, Me deixe mudo, Mixturação, Muito tudo, Mundo pensativo, Na ponta da língua, Nasca (c/ Arnaldo Antunes), Nenhuma palavra, No exemplar de um velho livro (c/ Carlos Drummond de Andrade), No fundo do poço, Nothing, O blues é azul, O dia do Criador, Os bichos (c/ Cid Franco), Partir do alto, Pátio dos loucos, Paz no mundo, Pega no ar (c/ Kiko Tupinambá e Dinho Nascimento), Pirâmide, Plenitude (Ubiqüidade), Por um triz, Quem puxa aos seus não degenera, Raça humana, Remador, Respire fundo, Revolver, Senha do motim, Tire os pés do chão, Toque frágil, Totem (c/ José Carlos Costa Neto), Tutano, Um pensamento, Vão da boca, Vela aberta (c/ Cid Franco), Xaxados e perdidos, Zen (c/ Cristina Villaboim).

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

quinta-feira, dezembro 30, 2010

Formiga

Formiga (José Luís Pinto), instrumentista (pistonista e trompetista) e compositor, nasceu em Nova Friburgo, RJ, em 4/10/1929. Iniciou estudos musicais com o maestro Joaquim Antônio Naegale na sua cidade natal, em 1940.

Começou a tocar trompete profissionalmente em 1949 na orquestra Napoleão Tavares e seus Soldados Musicais. Participou então pela primeira vez de uma gravação, Canção de amor (Elano de Paula e Chocolate), interpretada por Elizeth Cardoso.

Em 1950 atuou nas orquestras dos dancings Farolito e Eldorado, no Rio de Janeiro RJ. Em 1951 tocou na orquestra do dancing Avenida e também na orquestra do maestro Dedé, com quem trabalhou até 1952. Nesse ano, voltou a tocar com o maestro Napoleão Tavares, como solista, e também nas orquestras do dancing Brasil e do Samba Danças.

Em 1953 ingressou no Instituto Vilia-Lobos, Rio de Janeiro, onde fez curso com Arthur Pades y Terry. Passou a tocar nas orquestras do maestro Cipó, de Carlos Machado (boate Night and Day), da Rádio Tupi e na de Ari Barroso, tendo excursionado com a última pelo México, Uruguai, Argentina e Venezuela. Ainda em 1953 trabalhou com Altamiro Carrilho. No ano seguinte, fez cursos de aperfeiçoamento no México, com Luiz Fonseca e Rafael Méndez.

Ao voltar ao Brasil em 1955, estudou harmonia com Paulo Silva. Nesse ano, viajou para a Argentina e o Uruguai, com o conjunto Os Copacabana, e integrou as orquestras da Rádio Mayrink Veiga e a do maestro Carioca.

Em 1957 fez curso de harmonia com Guerra Vicente e tocou na orquestra de Severino Filho. Em 1958 gravou seu primeiro LP, Pistom em alta fidelidade, e atuou na orquestra de Valdemar Spilmann. Em 1959 ingressou na Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, onde atuava como primeiro trompetista solista.

Em 1960 entrou na orquestra de Steve Bernard (com quem tocou até sua morte em 1966) e gravou o LP Tudo é bossa. Em 1961 voltou a viajar com a orquestra de Ary Barroso.

Gravou os LPs: Trompete espetacular (1962), Arminhos e melodias (1963), Formiga in Love (1964). Atuou nas orquestras da gravadora Copacabana (de 1964 a 1966) e da TV Excelsior (até 1955).

Em 1968 estudou harmonia, contraponto e composição com Guerra-Peixe. Em 1974 entrou para a Orquestra Sinfônica Brasileira, com a qual excursionou por vários países da Europa. Foi solista nos LPs da orquestra Românticos de Cuba, de diversos cantores nacionais, e acompanhou artistas internacionais que vieram ao Brasil, como Nat King Cole e Edith Piaf

Tocou também em musicais de teatro, em trilhas sonoras de filmes brasileiros, e participou todos os anos do FIC, da TV Globo, e do Festival de Música Contemporânea, realizados no Rio de Janeiro. É autor de várias composições, entre as quais Cipoada

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998.

Maestro Formiga

Ademir de Souza Araújo
Maestro Formiga (Ademir de Sousa Araújo), compositor, instrumentista, arranjador e regente, nasceu em Recife, PE, em 15/10/1942. Estudou com José Otávio dos Prazeres, José Gonçalves Lima e com os padres Jaime Dinis e René Maria.

Foi regente titular da Banda Municipal do Recife de 1970 a 1977. Na categoria de maracatu, suas composições foram campeãs do Carnaval, no concurso da prefeitura municipal de Recife, nos anos de 1965, 1967, 1968, 1971 e 1978.

Também em 1971 venceu o festival de frevos dos Diários Associados com o frevo-de-rua Alô Recife.

Compõe tanto no gênero popular (maracatu, frevos, sambas etc) como no erudito (estudos para piano, flauta, oboé, poemas sinfônicos etc).

Em 1975 compôs a Grande abertura Diário de Pernambuco, para orquestra sinfônica, banda militar e coro, executada em primeira audição em 7 de novembro desse ano, na Praça da Independência, Recife, por ocasião das comemorações dos 150 anos do mais antigo jornal da América Latina.

Criou, em 1976, e regeu a Orquestra Popular do Recife.

No Carnaval de 1980, com a Orquestra Popular e o cantor Claudionor Germano, participou do lançamento da Frevioca (orquestra volante de frevos criada pelo pesquisador Leonardo Dantas Silva), que se mantém até hoje nas ruas do Recife como principal rival dos trios elétricos.

Em 1982 foi convidado para produzir o disco Carnaval do Nordeste n.° 2, selo Mocambo, distribuído pela Sudene em vários países. Foi o vencedor do Frevança — Encontro Nacional do Frevo e do Maracatu, promovido pela Fundação de Cultura Cidade do Recife e Rede Globo Nordeste, com as seguintes composições: Águia de ouro, 1980; Formiga está de volta, 1981; Tonico está de volta, 1982; Maracatu indiano (c/Romero Amorim), 1982; Andréa no frevo, 1989.

Obra

Acorda, gente, frevo-de-rua, s.d.; Águia de Ouro, maracatu-rural, 1980; Aí vêm os palhaços, frevo-de- rua, s.d.; Alegria do Norte, maracatu, 1978; Alô, Recife, frevo-de-rua, s.d.; Andréa no frevo, frevo-de-rua, 1989; Dia de festa, maracatu, 1975; Dona Santa (c/José Amaro da Silva), maracatu, 1976; Formiga está de volta, frevo-de-rua, 1981; Grande abertura sinfônica, 1975; Maracatu indiano (c/Romero Amorim), maracatu, 1982; Prelúdio de maracatu, 1983; Regresso de maracatu, 1983; Tonico está de volta, frevo-de-rua, 1982. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998

quarta-feira, dezembro 29, 2010

Geraldo Filme


Geraldo Filme (Geraldo Filme de Sousa), compositor, nasceu em São João da Boa Vista, SP, em 1928, e faleceu em São Paulo, SP, em 5/1/1995. Chegou a São Paulo com cinco anos de idade.

Criado na Barra Funda, foi entregador de marmitas, ficando conhecido como Negrinho das Marmitas. Compunha sambas para o cordão carnavalesco Paulistano da Glória, do qual seria refundador quando o cordão se tornou escola de samba.

Iniciou sua carreira trabalhando nas escolas de samba Coloração do Brás e Vai-Vai, na qual foi diretor de Carnaval e campeão com seu samba Solano, vento forte africano, em homenagem ao folclorista Solano Trindade.

Cronista da gente e da cidade, cantou em seus sambas principalmente o bairro do Bexiga, pelo qual tinha carinho especial. 

Aos 52 anos, lançou seu primeiro LP, Geraldo Filme, pela Eldorado, com texto de Plínio Marcos. Da parceria com Plinio Marcos nos palcos resultaram Balbina de Yansã e também o musical de grande sucesso Pagodeiros da Paulicéia

Fundador da escola de samba Unidos do Peruche, compôs em homenagem ao Pato N’Água, na morte do amigo, o samba Silêncio no Bixiga, gravado por Beth Carvalho no CD Beth Carvalho canta o samba de São Paulo. Neste disco aparece ainda Tradição, outro samba do compositor com a Anhembanda, a banda carnavalesca do centro Anhembi. 

Em dezembro de 1994, participou de show no Anhembi com sambistas da velha guarda. Quando morreu, trabalhava como coordenador de Carnavais de Bairro, no Anhembi, e era assessor da diretoria executiva da Vai-Vai. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

Manfredo Fest


Manfredo Fest (Manfredo Irmin Fest), instrumentista, compositor e arranjador, nasceu em Porto Alegre, RS, em 13/5/1936, e faleceu em Tampa Bay, Florida, EUA, em 8/10/1999. Começou a estudar piano aos cinco anos, com o pai, imigrante alemão que foi concertista.

Com apenas dez por cento da capacidade visual normal, fez seus estudos em Braille, formando-se em piano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Organizou em Porto Alegre vários conjuntos, que atuavam em festas, reuniões e bailes.

Mudou-se em 1961 para São Paulo SP, em busca de melhores oportunidades, formando seu primeiro trio, que atuava em boates, como a Baiúca e as do Hotel Jaraguá e Cambridge Hotel. No ano seguinte, gravou com o trio seu primeiro disco, Bossa-nova-nova bossa, pela RGE, em que foram incluídas também músicas de sua autoria, como Eu sou feliz, feita em parceria com sua esposa Lili Fest que, além de ter sido sua principal parceira, era quem transcrevia suas composições.

Em 1963 gravou outro LP pela RGE, Evolução, e dois anos depois lançou, pela mesma gravadora, o LP Manfredo Fest Trio, com músicas de Edu Lobo, Durval Ferreira, Baden Powell e Vera Brasil.

Em 1965 gravou para a Fermata o LP Some Peoples, com uma série de sucessos dos Beatles em ritmo de samba. Em 1966 lançou outro LP, Alma brasileira. No ano seguinte foi para os EUA., fixando-se em Los Angeles, onde formou novo trio.

Passou depois a trabalhar com Sérgio Mendes, fazendo a abertura de seus shows. Com o conjunto gravou ainda, em 1969, o LP Bossa Rio e, no ano seguinte, Alegria, ambos produzidos por Sérgio Mendes, além de um disco do show ao vivo no Japão.

Em 1970 deixou Sérgio Mendes, formando novos grupos e gravando dois anos depois um LP, o Bossa Rock Blues n° 1. Em 1973 foi para Chicago liderar o conjunto Batucada, formando no ano seguinte um novo trio. Em 1976 gravou o LP Brazilian Dorian Dream pelo seu próprio selo, o T&M Productions. Deste disco fazia parte a sua composição Jungle Cat. Gravou em 1978 o LP Manifestations, para a gravadora Tabu Records, em Los Angeles.

Em 1992 gravou em Minneapolis um disco de produção independente chamado Manfredo Fest and Friends, onde se destaca A Blues for Oscar, homenagem ao pianista de jazz Oscar Peterson.

A partir de 1993, começou a gravar pelo selo Concord, nos EUA, pelo qual já lançou quatro CDs, nos quais gravou versões instrumentais de músicas brasileiras como Caminhos cruzados (Tom Jobim), Passarim (Tom Jobim e Paulo Jobim), Começar  de novo (Ivan Lins e Vítor Martins) e Amazonas (João Donato), bem como versões de standards da música norte- americana, como Over the Rainbow (Harold Arlen e E. Y. Harburg) e Summertime (George Gershwin, Ira Gershwin e DuBose Heyward).

Fez uma tournée em 1996 pela Alemanha e Dinamarca, com seu filho Phil Fest, guitarrista, e o harmonicista Hendrik Meurkens, presenças constantes em seus discos mais recentes. No início de 1998 gravou um CD ao vivo no Vartan Live Jazz, em Denver, Cobrado, com regravações de algumas de suas músicas. Seu estilo combinava bossa-nova e jazz.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998.

Levino Ferreira, o Mestre Vivo

Levino Ferreira (Levino Ferreira da Silva), compositor e instrumentista, nasceu em Bom Jardim, PE, em 2/12/1890, e faleceu no Recife, PE, em 9/1/1970. Criado em Bom Jardim, onde fez o curso primário, iniciou-se em música com Pompeu Ferreira, mestre da Banda Vinte e Dois de Setembro.

Aos oito anos de idade, já integrava a banda, tocando trompa, e logo aprendeu a executar outros instrumentos de sopro, começando também a compor.

Em 1910, conhecido na região como exímio instrumentista, transferiu-se para Queimadas (hoje Orobó PE), como mestre da banda local. Mais tarde regressou a Bom Jardim, desempenhando com grande sucesso as funções de mestre da Banda Vinte e Dois de Setembro, o que lhe valeu muitos convites para organizar e dirigir bandas em localidades vizinhas. Nesse período, compôs suas primeiras músicas carnavalescas, ainda sem as influências do frevo, que conheceria somente em 1919, em Recife PE.

Durante vários anos, até 1935, percorreu a região a cavalo, apresentando-se em festas e dirigindo bandas, entre as quais a Independência, da cidade de Limoeiro PE.

Por volta de 1930 sua música já era ouvida em Recife, onde suas valsas eram editadas pela Casa de Música Azevedo Júnior.

Em 1935 a Orquestra Odeon gravou seu frevo Satanás na onda, que venceu o concurso de frevos de Recife. A convite do compositor Zumba (José Gonçalves Júnior), transferiu-se então definitivamente para a capital pernambucana. Passou a ser conhecido como Mestre Vivo, e suas composições eram cantadas por todos os blocos e clubes carnavalescos da cidade. Para o Carnaval de 1937 a Orquestra Diabos do Céu gravou na Victor seu frevo Diabinho de saia.

Teve grande atuação nas rádios recifenses, participando de várias orquestras e bandas: na Grande Orquestra PRA-8, da Rádio Clube de Pernambuco, tocava clarineta, saxofone, trombone de vara e pistom. Como saxofonista e trompetista, integrou o conjunto Ladário Teixeira, criado pelo músico Felinho.

Em 1951 ingressou na Rádio Tamandaré, atuando como chefe de orquestras e conjuntos. Já perto da aposentadoria, foi convidado pelo maestro Vicente Fittipaldi para fazer parte da Orquestra Sinfônica de Recife, tornando-se famoso como solista de fagote.

Em 1964 recebeu diploma do 1 Congresso de Frevo, realizado em Volta Redonda RJ. Em promoção da prefeitura de Recife e da Empresa Metropolitana de Turismo, foi criado em 1970 o Troféu Levino Ferreira, destinado a homenagear os clubes sociais de Recife.

Em 1971 foi homenageado postumamente com a medalha do mérito Cidade de Recife. Compôs ainda valsas, dobrados, maracatus, choros e música sacra. Seu poema sinfônico Cavalo marinho foi executado na França e na Inglaterra.

Obra

Alegria de Pompéia, frevo, 1955; Amália no frevo, frevo, 1960; A cobra está fumando, frevo, 1945; Comendo fogo, frevo, 1959; Diabinho de saia, frevo, 1938; Diabo solto, frevo, 1937; Lágrima de folião, frevo, s.d.; Mexe com tudo, frevo, 1941; Não adianta chorar, frevo, s.d.; Papa fila, frevo, s.d.; Retalhos de saudade, frevo, s.d.; Satanás na onda, frevo, 1935; Última troça, frevo, 1961; Último dia, frevo, 1951; Vassourinhas está no Rio, frevo, 1950.

Arlindo Ferreira

Arlindo Ferreira - Circa 1970
Arlindo Ferreira, instrumentista, nasceu em Sete Lagoas, MG, em 22/1/1916. Desde menino tocava violão, iniciando a carreira profissional em Belo Horizonte MG, na década de 1930, quando se apresentou na inauguração da Rádio Guarani.

Em 1938 foi para o Rio de Janeiro RJ, atuando na Rádio Transmissora (depois Globo) como integrante do regional de Claudionor Cruz, no qual permaneceu por dez anos. Por idêntico período de tempo, atuou com Rogério Guimarães na Rádio Tupi, transferindo-se depois para a Nacional.

Acompanhou vários cantores brasileiros da época, como Francisco Alves, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Moreira da Silva, Ademilde Fonseca, tendo também sido acompanhante de Emilinha Borba por 15 anos, além de Gilberto Alves. Atuou no Cassino da Urca (Rio de Janeiro), no Quitandinha (Petrópolis RJ) e no Icaraí (Niterói RJ).

Sempre tocando violão, só gravou uma vez como solista, com Bola Sete, na música Bola Sete no choro, pela etiqueta Star (atual Copacabana). Como acompanhante, participou de diversas gravações. Aposentou-se em 1974.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira – Art Editora e PubliFolha – 2ª. Edição – 1998; Foto: samba & choro (www.samba-choro.com.br).

Fernando César

Fernando César (Fernando César Pereira), compositor, nasceu em Viseu, Portugal, em 6/11/1917, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26/5/1983.

Começou a compor em 1954, ano em que foi gravada sua primeira música, Foi você, por Bill Farr, na etiqueta Continental. Mais tarde passou a trabalhar com os parceiros Britinho, Nazareno de Brito, Sílvio Silva e outros.

Obteve sucesso com os sambas Graças a Deus, 1954, Dó-ré-mi (com Nazareno de Brito), 1969, a toada Vento soprando e o bolero Quando as folhas caírem (com Maurício de Oliveira), gravados por Dóris Monteiro.

Em 1967 concorreu ao III FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro, com Engano (com Renato de Oliveira), e em 1968 seu samba Pedro Fico (com Sílvio Silva) classificou-se no II Concurso de Carnaval, interpretado por Paulo Marques.

Algumas composições suas de expressão foram: Balada do homem sem Deus (c/Agostinho dos Santos), valsa, 1959; Chorar em colorido (c/José Antônio Silva), bolero, 1966; Cigarro sem batom, bolero, 1955; Dó-ré-mi (c/Nazareno de Brito), samba, 1969; Falam meus olhos (c/Nazareno de Brito), fox, 1956; Graças a Deus, samba, 1954; Saudade chegando (c/Luís de Castro), fox, 1956; Vento soprando, toada, 1956.

Foi editor de música popular.

Obra

A montanha (Fernando César / Algueró Moreu), A noite é de nós dois (Fernando César / Otelo Zucolo), A noite é nossa (Fernando César / Lubin), A saudade e você, A verdade, Ainda bem (Fernando César / Britinho), Amor de olhar (Fernando César / Britinho), Amor de segunda mão, Amor em 3-D, Arrependimento (Fernando César / Dolores Duran), Assim é se nos parece, Balada do homem sem eus (Fernando César / Agostinho os Santos), Beguine (Fernando César / Tito César), Biquinis de borboletas (Fernando César / Britinho), Bis, Chuva, Cigarro sem batom, Ciúme (Fernando César / Renato de Oliveira), Crepúsculo (Fernando César / Renato de Oliveira), Deixe que eu possa esquecer (Fernando César / Renato de Oliveira), Depois da sete e quarenta (Fernando César / Carlos César), Desencontro (Fernando César / Britinho), Despedida, Despeito, Deus te favoreça, Devoção, Dia e noite (Fernando César / Tony Vestany), Diz por favor que sim, Domingo de amor, Dó-ré-mi, E agora José, É a tua vez de sorrir, Eles não sabem nada, Enquanto houver amanhã (Fernando César / Britinho), Esquecimento (Fernando César / Nazareno de Brito), Estou amando azul (Fernando César / Britinho), Eu sou assim (Fernando César / Jorge Iara), Eu vi, Faça de conta, Falam meus olhos (Fernando César / Nazareno de Brito), Felicidade é você (Fernando César / Nazareno de Brito), Foi você (Fernando César / G. Bianchi), Fracasso (Fernando César / Nazareno de Brito), Graças a Deus, Haja o que houver (Fernando César / Nazareno de Brito), História (Fernando César / Luiz Cláudio), Horas esquecidas (Fernando César / Nazareno de Brito), Horas vazias, Insistência (Fernando César / Luiz Cláudio), Já que está, Joga a rede no mar (Fernando César / Nazareno de Brito), Long-playing, Longe de mim (Fernando César / Britinho), Longe de ti (Fernando César / Ester Delamare), Lua discreta (Fernando César / Newton Ramalho), Luz que não se apaga (Fernando César / Britinho), Melancolia, Mente, Mil e tantas madrugadas (Fernando César / Britinho), Minha janela (Fernando César / Ted Moreno), Não chore (Fernando César / Roberto Mário), Não é por mim (Fernando César / Carlos Imperial), Não me esqueça (Fernando César / Britinho), Não sonhe comigo, Noite chuvosa (Fernando César / Britinho), Nossa favela (Fernando César / Britinho), Novo céu (Fernando César / Ted Moreno), Numa igreja sem ninguém (Fernando César / Ted Moreno), Nunca te direi (Fernando César / Britinho), O amor é isso, O amor não tem juízo, O velho e a rosa, Orgia (Fernando César / Nazareno de Brito), Ouro e prata (Fernando César / Renato de Oliveira), Outro dia virá (Fernando César / Nazareno de Brito), Palavras ao vento, Para que recordar (Fernando César / Carlos César), Penumbra (Fernando César / Ted Moreno), Ponto e chuva (Fernando César / Britinho), Porque brilham teus olhos, Por que e para que (Fernando César / Jaime Florence), Pra que falar (Fernando César / Nazareno de Brito), Prefiro duvidar, Pressentimento, Quando as folhas caírem (Fernando César / Maurício de Oliveira), Quando as saudades se encontram, Quem viu gostar assim (Fernando César / Britinho), Ribalta (Fernando César / Othon Russo e Nazareno de Brito), Rock do espirro (Fernando César / Alfredo Max), Saudade chegando (Fernando César / Luiz Cláudio de Castro), Saudade mora comigo (Fernando César / Otelo Zucolo), Segredo, Ser saudade (Fernando César / Britinho), Seu relógio (Fernando César / Nazareno de Brito), Silhuetas (Fernando César / Ted Moreno), Só ficou a saudade (Fernando César / Dolores Duran), Só pode ser você, Sol de ouro em céu azul, Souvenir, Tantas vezes, Tédio (Fernando César / Nazareno de Brito), Terezinha de Jesus (Fernando César / Britinho), Teu castigo, Tinha que ser, Três dias sem te ver (Fernando César / Britinho), Tu vais passar (Fernando César / Britinho), Tudo ou nada, Último favor, Velho gagá, Vento soprando, Vício, Viver sem você, Volta ao passado, Voltei, Zé Bonitinho (Fernando César / Britinho).

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998; Fernando César (www.musicapopular.org/fernando-cesar/).

domingo, dezembro 26, 2010

Lorenzo Fernandez

Oscar Lorenzo Fernandez
Lorenzo Fernandez (Oscar Lorenzo Fernandez), regente, professor e compositor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4/11/1897, e faleceu na mesma cidade, em 27/8/1948. Filho de espanhóis, desde criança demonstrou vocação para a música, embora pretendesse seguir a carreira de médico.

Após concluir o curso secundário, entretanto, foi acometido de doença nervosa que o impediu de continuar os estudos, permanecendo inativo durante vários meses. Em 1917 decidiu ingressar no I.N.M., onde teve como principal orientador Frederico Nascimento. Estudou teoria e piano com J. Otaviano e em 1918 passou a freqüentar a classe de harmonia de Frederico Nascimento, enquanto seguia as aulas de piano de Henrique Oswald.

Mais tarde foi aluno de Francisco Braga, estudando contraponto, fuga, composição e instrumentação. Por essa época freqüentava com Luciano Gallet a casa de Frederico Nascimento, onde Alberto Nepomuceno passava seus últimos dias, para ouvir-lhe os conselhos, que muito o influenciaram.

Em 1920 foi um dos fundadores da Sociedade de Cultura Musical, onde ocupou diversos cargos, até sua extinção em 1926. Em 1922 começou a se destacar como compositor, participando de um concurso com as peças Noturno e Arabesca, para piano, e Cisnes e Ausência, para canto e orquestra. No ano seguinte substituiu interinamente Frederico Nascimento na cátedra de harmonia superior do I.N.M., sendo efetivado no posto dois anos depois.

Em 1924 obteve o primeiro lugar em concurso de composição da Sociedade de Cultura Musical, com o Trio brasileiro, sua primeira obra importante, que assinala o rumo definitivo de sua orientação nacionalista.

A 17 de novembro de 1925 estreou sua Suíte sinfônica (sobre três temas populares brasileiros), sua primeira obra orquestral, regida por Nicolino Milano, com a orquestra do I.N.M. Outro trabalho importante desse período é o Quinteto — Suíte para quinteto de sopro.

Nova versão da Suíte sinfônica, com a instrumentação completamente refeita, foi executada em 1929 nos Festivais íbero-Americanos de Barcelona, Espanha, onde alcançou êxito. Mas seu primeiro grande sucesso foi o bailado Imbapara, baseado em temas recolhidos por Roquete Pinto entre os índios Pareci da serra do Norte, no Mato Grosso, que estreou a 2 de setembro de 1929 sob a regência de Francisco Braga.

Dessa época são também os Três estudos em forma de sonatina, para piano. No ano seguinte compôs a suíte Reisado do pastoreio, cujo “Batuque” final se tornou autêntico clássico da música erudita brasileira, gravado por Hans Kindler (1892—1949) e a Sinfônica Nacional, de Washington D.C., EUA, com grande êxito comercial, e executado por regentes famosos.

Ainda em 1930 fundou a revista mensal Ilustração Musical, que durou até o oitavo número, de março de 1931. Sua ligação com os artistas do movimento modernista resultou na ópera Malasarte, com texto de Graça Aranha. Com a morte deste, teve apenas alguns de seus trechos executados a 21 de outubro de 1933, no I.N.M., e somente foi encenada a 30 de setembro de 1941, no Teatro Municipal, do Rio de Janeiro.

Em 1935 regeu em São Paulo SP um concerto na Sociedade de Cultura Artística, e dois anos depois, sob regência de Villa-Lobos, estreou no Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, seu poema coreográfico Amaya, inspirado em argumentos e temas musicais de caráter incaico.

Uma de suas maiores realizações foi a fundação, em 1936, do Conservatório Nacional de Música, no Rio de Janeiro, para o qual obteve, em 1940 uma sede própria no centro da cidade, com salão de concertos, sala de conferências, biblioteca etc. Foi diretor da entidade até a morte, promovendo recitais, concertos e cursos livres, e incentivando a aplicação da moderna pedagogia à iniciação musical infantil.

Em 1938 empreendeu sua primeira tournée como regente e conferencista pela América Latina (Colômbia, Panamá, Cuba, Peru, Chile, Argentina e Uruguai) divulgando, além de suas obras, as de autores brasileiros como Villa-Lobos, Alberto Nepomuceno e Henrique Oswald. Nesse mesmo ano, o “Batuque” extraído do final do primeiro ato de sua ópera Malasarte foi executado no festival comemorativo do IV Centenário de Bogotá, obtendo o primeiro prêmio, instituido pela New Music Association da Califórnia, EUA.

Foi em seguida convidado pelo prefeito da capital colombiana a musicar o Hino à raça, de Guillermo Valencia, executado simultaneamente a 12 de outubro no Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, e no Teatro Colón, de Bogotá, com irradiação para todo o continente.

Em junho de 1940, o “Batuque” do Reisado do pastoreio foi executado em concerto no Rio de Janeiro pela orquestra da National Broadcasting Corporation, dos EUA., sob a regência de Arturo Toscanini (1867—1957).

Em 1941 participou em Santiago do Chile, com Aaron Copland e Honorio Siccardi, do júri de um concurso de composição, cujo resultado, anulado pelo governo chileno, provocou grande controvérsia na imprensa e nos círculos musicais chilenos.

Seu Primeiro concerto, para violino e orquestra, foi executado por Oscar Borgeth a 13 de junho de 1945, sob regência de Erich Kleiber (1890—1956). Nesse ano compôs a Primeira sinfonia, estreada em 1948 pela Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a regência de Eleazar de Carvalho.

Em 1947 terminou de compor a Segunda sinfonia, inspirada em “O caçador de esmeraldas”, de Olavo Bilac, que não chegou a ser executada durante sua vida. Seu cinqüentenário foi comemorado em vários círculos musicais do país, tendo sido recebido festivamente em Curitiba PR pela Sociedade Brasílio ltiberê, regido a Orquestra Sinfônica do Recife PE e o Coral Villa-Lobos, em João Pessoa PB.

Sua última aparição em público ocorreu no dia de sua morte, a 27 de agosto de 1948, quando regeu um concerto sinfônico com a orquestra da E.N.M.U.B., no Rio de Janeiro.

Em 1997, em comemoração do centenário de nascimento do compositor, foi realizada uma série de concertos e um recital multimídia com o barítono Walter Weiszflog e o pianista Achille Picchi. Foi lançado também o livro Roteiro interior de amor e renúncia, uma seleção de poesias do compositor, organizada por Helena Lorenzo Fernandez.

Obra completa 

Música dramática
Ópera: Malasarte, 1931-1933.
Música orquestral
Amaya, poema coreográfico, 1930; Imbapara, bailado, 1928; Primeira sinfonia, 1945; Primeiro concerto, p/piano e orquestra, 1924; Primeiro concerto, p/viouno e orquestra, 1941-1942; Reisado do pastoreio, suíte, 1930; Segunda sinfonia, 1946-1947; Suíte do Malasarte (Malasartiana), 1941; Suíte sinfônica, 1925; Variações sinfônicas, p/piano e orquestra, 1948.
Música de câmara
Trios: Duas invenções seresteiras, p/flauta, clarineta e fagote, 1944; Idílio romântico, p/piano, violino e celo, 1924; Primeiro trio, p/piano, violino e cela, 1921; Trio brasileiro, p/piano, violino e celo, 1924.
Quartetos: Aquarelas, p/arcos, 1927; Primeiro quarteto, p/dois violinos, viola e cela, 1927; Segundo quarteto, p/dois violinos, viola e celo, 1946.
Quinteto: Quinteto —Suíte p/quinteto de sopro, 1926. Música instrumental
Solos p/piano: Acalanto da saudade, 1928; Arabesca, 1920; Bazar, 1933; Berceuse da boneca triste, 1926; Boneca Iaiá, 1944; Bonecas, 1932; Dança lânguida, 1927; Duas miniaturas, 1918; Folhas d’álbum, 1927; Historieta ingênua, 1925; Historietas maravilhosas, 1922; Marcha dos soldadinhos desafinados, 1927; Minhas férias, 1937; Miragem, 1919; Noturno, 1919; Pequena série infantil, 1937; Poemetos brasileiros — la série, 1926; Poemetos brasileiros — 2 série, 1928; Prelúdio fantástico, 1924; Prelúdios do crepúsculo, 1922; Presentes de Noel, 1927; Primeira brasiliana, 1927; Primeira suíte brasileira, 1936; Recordações da infância, 1935; Rêverie, 1923; Segunda suíte brasileira, 1938; Sonata breve, 1947; Suíte das cinco notas, 1942; Terceira suíte brasileira, 1938; Três estudos em forma de sonatina, 1929; Valsa exótica, 1927; Valsa suburbana, 1932; Visões infantis, 1923.
Solos p/violão: Ponteio, 1938; Saudosa seresta, 1938; Suave acalanto, 1938; Velha modinha, 1938.
Duos: Melodia, p/violino e piano, 1926; Moda, p/violino e piano, 1927; Noturnal, p/violino e piano, 1924; Noturno elegíaco, p/celo e piano, 1923; Romança, p/violino e piano, 1921; Romance elegíaco, p/celo e piano, 1924; Toada e dança, p/celo e piano, 1926. 
Música vocal
Canto e piano: Aveludados sonhos, 1947; Canção ao luar, 1933; A canção da fonte, 1936; Canção do berço, 1925; Canção do mar, 1934; Canção do violeiro, 1926; Canção sertaneja, 1924; Coração inquieto, 1938; Dentro da noite, 1946; Dois epigramas, 1925; Duas canções, 1922; Duas modinhas, 1928; Elegia da manhã, 1946; Essa negra fulô, 1934; O horizonte vazio, 1933; Macumba, 1926; Madrigal, 1943; Meu coração, 1926; Meu pensamento, 1934; Noite de junho, 1933; Ó vida de minha vida, 1923; Samaritana da floresta, 1936; A saudade, 1921; Serenata, 1930; Solidão, 1922; A sombra suave, 1929; Suave acalanto, 1936; Tapera, 1929; Toada para você, 1928; Toi, 1923; Trovas do amor, 1947; As tuas mãos, 1935; Vesperal, 1946.
Canto e orquestra: Ausência, 1922; Berceuse da onda, 1928; Canção do poço, 1931-1933; Cisnes, 1921; Do outro lado do mar, 1931-1933; As estrelas, 1923; Eu sou aquela que amam os homens, 1931-1933; Modinha de Malasarte, 1931-1933; Noturno, 1934; Quando eu era pequenino, 1931-1933; A samaritana, 1920; Seus olhos eram verdes, 1931-1933; Surdina, 1922; Um beijo, 1920; Velas ao mar, 1919.
Canto coral: Canção panteísta, 1933; Canções da infância, 1926; Cantigas de minha terra, 1935; Coros do Malasarte, 1931-1933; Os dois céus, 1944; Duas evocações, 1930; Duas noturnais, 1930; Epigramas matinais, 1936; Hino à raça, 1939; Motete, 1924; Noturno das folhas soltas, 1936; Ode a Santa Cecília, 1933; Oração ao sol, 1924; A tarde lenta, 1933; As tuas mãos, 1935. 

CDs

A obra de canto de Oscar Lorenzo Fernandez, Maria Lúcia Godoy e Talitha Peres, 1993, Conversatório Brasileiro de Música 107.224; Lorenzo Fernandez — Obras (2 CDs), 1997, Rádio M.E.C. 5011 e 5012.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

Romeu Fernandes

Romeu Fernandes
Romeu Fernandes (Romeu Pece), cantor e compositor, nasceu em Santos, SP, em 17/11/1924. Ainda criança apresentou-se em diversas rádios de Santos, com o nome de Romeu Peis, chegando a atuar com cantores famosos da época.

Depois estudou canto, e na década de 1940 trabalhou como crooner em Santos e São Paulo, com Amleto e sua Orquestra, Quarteto Marabá e Brazilian Boys.

De 1952 a 1965 foi cantor contratado de diversas emissoras do Rio de Janeiro e São Paulo.

Sua primeira gravação é de 1954, com as músicas Saudade (Scorza Neto) e Fantástica visão (Ângelo Reale), pela Sinter. Na mesma época, o bolero Recordando (de sua autoria) foi gravado por Alcides Gerardi, na Odeon. 

Em 1957, participou como cantor e ator do filme Samba na vila, de Luís de Barros. Gravou na Continental um LP em homenagem a Francisco Alves, que alcançou sucesso. 

Seus principais parceiros são Guido Medina, Nelson Bastos e José Batista. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998

Juvenal Fernandes

Juvenal Fernandes, compositor e cantor, nasceu em São Paulo, SP, em 19/10/1925. Começou a se interessar por música por 1940, tendo estudado teoria musical e violino com os maestros Carmine Tardio e João Portaro.

Trabalhou no comércio durante vários anos, procurando fixar-se em casas ligadas ao ramo musical, onde entrou em contato com músicos e cantores.

Em 1946 teve sua primeira composição gravada, Destinos iguais, por Gilberto Canavarro, na Continental. No ano seguinte, o mesmo cantor gravou, também na Continental, outra composição de sua autoria, Reprovação. Por essa época, atuou como cantor na Rádio América e Rádio São Paulo, e também como instrumentista em vários grupos, como Centro Musical Dom Bosco, Grupo Cômico Anglo-Americano e Orquestra Sinfônica Amadora. 

Em 1950, o cantor Alberto Santos gravou outra de suas composições, Pobre sonhadora, em discos Continental. Em 1951 sua composição Na minha terra (com J. M. Alves) foi gravada pela cantora Nilza Miranda, na Chantecler. Seu maior êxito foi Samba que eu quero ver (com João de Barro e Djalma Ferreira), gravado por Djalma e seu conjunto, Os Milionários do Ritmo, na Continental, em 1953. 

Nesse ano fez a letra para a valsinha Anel de noivado (Rielli e Riellinho), gravada na Continental no mesmo ano pelo Trio Gaúcho, contando diversas regravações: por Rielli em solo de acordeão em 1954, por Fronteiriço e Fronteiriça, na Fermata, em 1965, por Carlinhos Mafasoli, em 1967 na mesma gravadora e, posteriormente, por Lourenço e Lourival e Belmonte e Amaraí, na Chantecler. 

Compôs, em parceria com Roberto Stanganelli, Fiorde manacá, gravado em 1954 em solo de acordeão do próprio Roberto, em discos do Selo Popular. 

Em 1958 Roberto Fioravante lançou pela Chantecler sua valsa Nossa Senhora de Lourdes (com Miguel Polite). No ano seguinte compôs, em parceria com Riellinho, Bahia de Salvador e Flor serrana, gravados por Riellinho na Continental. 

Para efeito de recebimento de direitos autorais, utilizou diversos pseudônimos, como Corinto, Argonauta, Byron e Mar Amir. 

Em 1970, Puxando o fole, assinada como de Argonauta e Piquerobi (Madalena Maria Pires), foi gravada por Nhá Barbina em discos RGE e interpretada no filme de mesmo nome da Servicine, dirigido por Osvaldo de Oliveira. Essa composição também teve diversas regravações, entre elas a de Chitãozinho e Xororó na CBS nesse mesmo ano; as de Zé Cupido, em solo de acordeom na Beverly, e cantando no selo Tropicana; e em solo de sanfona de oito baixos por Zé do Forró, na Tropicana. A composição Voltarás (com Aarão Bernardo), incluída na trilha sonora da novela A fábrica, foi gravada pela atriz Araci Balabanian em discos Copacabana em 1972. 

Compôs e gravou com Maria Bonita os pontos de umbanda Caboclo de tara e Coroa de Oxóssi, lançados em discos Tropicana em 1974. Ainda nesse ano o Duo Ciriema lançou pela Continental Hei de vencer (com o Capitão Furtado). 

Desse ano também é a composição Amor saudade e tristeza (com Miltinho), lançada em discos Califórnia. 

Seus principais parceiros, fora do gênero sertanejo, foram João Portaro, Alfredo Schultz, G. Clemens, Djalma Ferreira, Denis Brean, J. M. Alves e Nelson Cavaquinho, entre outros. 

Como editor de músicas descobriu obras de Carlos Gomes (4), Adoniran Barbosa (44) e Ernesto Nazareth (140). Escreveu o livro Carlos Gomes, do sonho à conquista, São Paulo, 1996, Imprensa Oficial do Estado (2 ed. 1978; 3 ed. 1996). 

Obra

Anel de noivado (c/Osvaido Rielli), valseado, 1953; Banal (c/Wilma Camargo), samba, 1975; Coisas que são nossas (c/Michel Butinariu), canção, 1965; História comum (c/Michel Butinaniu), samba-canção, 1969; Rapsódia acadêmica (c/K-Ximbinho), 1970; Salve o mosqueteiro (c/Sidnei Morais), samba, 1961. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

Oscar Feital

Oscar Feital, flautista e compositor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7/3/1870, e faleceu na mesma cidade, em 13/7/1914. Iniciou-se musicalmente aos 12 anos de idade, estudando com João Rodrigues Cortes no Liceu de Artes e Ofícios, no Rio de Janeiro.

Paralelamente, tomava aulas de flauta com Duque Estrada Meyer.

Em 1888 obteve o título e medalha de primeiro flautista em concurso realizado no Clube Beethoven.

Apresentou-se no Rio de Janeiro, Ceará e Rio Grande do Sul.

Como compositor, escreveu árias, serenatas, valsas e estudos para flauta, além de algumas melodias populares, como a valsa Sogra.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

Fats Elpídio

Fats Elpídio (Elpídio Salas Meneses Pessoa), instrumentista, nasceu em Paudalho, PE, em 7/7/1913—. Aprendeu a tocar piano com o pai, desde os oito anos de idade.

Em 1930 mudou-se para Recife PE e estreou como pianista na Orquestra de Jonas Silva. De 1932 a 1935 apresentou-se em estações de rádio e clubes dessa capital, com os Irmãos Pessoa, grupo formado por membros de sua família: seu pai, sua mãe e irmão Pernambuco (Aires Pessoa).

Em 1937 foi para o Rio de Janeiro RJ, contratado pela Orquestra de Romeu Silva, que atuava no Cassino Beira-Mar, excursionando pela Argentina no mesmo ano.

Grande incentivador do jazz, em 1938 realizou o I Concerto de Jazz do Rio, no Fluminense Futebol Clube.

De 1939, após deixar a Orquestra de Romeu Silva, até 1941, integrou a Orquestra de Fon-Fon, com a qual também viajou pela Argentina.

Em seguida, trabalhou com o maestro Aristides Zacarias durante dez anos (1945-1955), viajando com ele ao Uruguai; apresentou-se, também, entre 1953 e 1954, na boate Vogue, ao lado de Moacir Silva .

Em 1956, como músico da orquestra de Copinha, atuou no Copacabana Palace Hotel.

Trabalhou com a Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, de 1969 a 1972, ano em que fez alguns shows com Eliana Pittman, no Teatro Casa Grande, do Rio de Janeiro.

A primeira gravação em que tomou parte foi em 1943, na Victor, tendo gravado como solista na CES (1969), na Copacabana (1970), na RCA, na extinta etiqueta Rádio; na Odeon, com Elza Soares (1971); na Continental, com a Orquestra de Severino Araújo (1973) etc. Artista de rádio e televisão (integrou a orquestra da TV Excelsior), recebeu prêmios da Rádio M.E.C. e da TV Tupi.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

Evandro do Bandolim

Evandro do Bandolim
Evandro do Bandolim (Josevandro Pires de Carvalho), instrumentista, nasceu em João Pessoa, PB, em 19/3/1932, e faleceu em São Paulo, SP, em 30/10/1994. Em 1934 mudou-se para o Rio de Janeiro com a família.

Interessou-se pela música muito cedo, pois seu pai tocava violão. Aos 13 anos, começou a se identificar com o bandolim, tendo como professor Luperce Miranda. Por essa época, freqüentava rodas de choro no Rio de Janeiro, onde atuou em diversas rádios, como Rádio Mayrink Veiga e Rádio Tupi.

Em 1961, com 29 anos, gravou seu primeiro LP pela gravadora Chantecler.

Em 1966 mudou-se para São Paulo, onde sua carreira ganhou impulso, e trabalhou em diversas boates e emissoras de televisão. Em 1978 gravou o LP Cordas que choram, pela Copacabana.

Gravou 20 LPs, sendo um editado na França, Le Bandolin Brésilien par Evandro e 4 CDs no Japão (Evandro e conjunto Roda de Choro, 1991; Valsas brasileiras, 1992; Memórias, com obras de Jacob do Bandolim, 1993; Memórias, vol. 2, 1994, todos lançados pela gravadora Tartaruga).


Após sua morte, foi estabelecida em São Paulo a Sala Evandro do Bandolim, nos fundos de uma loja de instrumentos musicais, onde são promovidas freqüentes rodas de choro.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

sexta-feira, dezembro 24, 2010

Vozes

Engenheiros do Hawaii


Tom: A 
  
E
Se você ouvisse
E4/7
As vozes que ouço à noite
E4         E
Acharia tudo que eu faço Natural (normal)
A       B             E  ( E6 E )
Se você sentisse O medo que eu sinto do escuro
A       B            E  ( E6 E )
Se você soubesse O mal que o sol me faz
A        B
Não me pediria pra repetir
C#m
Revoltas banais
C#9  B9     ( E  E4/7  E4  E )
Das quais eu já me esqueci
E        E4/7
Se você ouvisse Às vozes que ouço à noite
E4     E
Às vezes me assustam Outras vezes me atraem
A
Se você sofresse
B            E     ( E6 E )
Tanto quanto eu sofro com a solidão
A
Se você soubesse
B      E  ( E6 E )
O quanto eu preciso da solidão
A  B
Não me pediria pra repetir
C#m              C#9                    B9 ( E E4/7 E4 E )
Frases banais Das quais já me arrependi
E  E4/7
Duas pessoas são duas verdades
E4            E
E, na verdade, são dois mundos
E  E4/7
A cada segundo, o pânico aumenta
E4                       A
E uma sombra arrebenta A porta dos fundos
A
Se você sofresse
      B                        E    ( E6 E )
Tanto quanto eu sofro com a solidão
A
E precisasse
      B                       E     ( E6 E )
Tanto quanto eu preciso da solidão
A  B
Não me pediria pra repetir
C#m               C#9              B9 ( E D A B ) (3x)   A
Gestos banais Iguais aos que eu não fiz

Vida real

Engenheiros do Hawaii


Tom: G
  
(intro ) Am D  E/G# E

A                           G
Cai a noite sobre a minha indecisão
F#m                       B7
Sobrevoa o inferno minha timidez
A                 G
Um telefonema bastaria
F#m                         B7
Passaria a limpo a vida inteira
Eb                 E
Cai a noite sem explicação
D               E
Sem fazer a ligação

G                                      A
[na hora da canção em que eles dizem baby
G                    A
Eu não soube o que dizer]

Bm          E/G#
 Ah...vida real!

A                     G
Esperei chegar a hora certa
F#m                       B7
Por acreditar que ela viria
A                      G
Deixei no ar a porta aberta
F#m                B7
No final de cada dia
Eb                E
Cai a noite doce escuridão
D                 E
De madura vai ao chão
G                                     A
Na hora da canção em que eles dizem baby
G                     A
Eu não soube o que dizer
Bm            E/G#
Ah...vida real!
                          ( A G F#m B7 ) (4x)
Como é que eu troco de canal?

G                                      A
[na hora da canção em que eles dizem baby
G                    A
Eu não soube o que dizer]
Bm            E/G#
Ah...vida real!
   D        ( D E D E D E )
Tchau!!!

Vícios de linguagem

Engenheiros do Hawaii

Tom:  C 
  
(Humberto Gessinger) 

Introdução: C 

C
Tudo se resume a uma briga de torcidas
Am                    C
E a gente ali no meio, no meio das bandeiras
O jogo não importa, ninguém tá assistindo
Am                    C
E a gente ali no meio, no meio da cegueira 
Tudo se reduz a um campo de batalha
Am                    G F Em G
E a gente ali no meio
C
Tudo se resume a disputa entre partidos
Am               C  
Lama na imprensa, sangue nas bandeiras
A verdade passa ao largo, como se não existisse
Am                    C
E a gente ali no meio, como se não existisse
                                  Am    G F Em G
Tudo se reduz, a uma cruz e uma espada

C                      F7   G
Tchê, de que lado tu estás?
                 Am          Em G
Ninguém pode agradar os dois lados
C                          F7   G
Hey, it's time to make a choice
                         Am          Em 
We all want to hear your voice (it's true)
G            F             Em      G
Faça a sua aposta, tome a sua decisão

C
Tudo se produz na mesma linha de montagem
Am                 C
Apogeu e decadência na mais nobre linhagem

Votos de silêncio... vícios de linguagem
Am       G F Em G
Nada traduz
C                             F7   G
Hey, don't you know that you are
                   Am            Em  G
In the middle of a war (yes, you are)
C                      F7   G
Tchê, de que lado tu estás?
               Am    Em G Am     Em
Ninguém pode ficar no meio do tiroteio
G                 F        Em          G
Now it's time to say whose side you're on 
G          F          Em          G
Tudo se resume, se presume, se reduz
C            F7     G         C
E o principal fica fora do resumo

Vertical

Engenheiros do Hawaii

Tom: A
(intro 2x) Bm7  A/B

       F#m
  Tá legal
          B
  Eu tô ligado
    D              E         F#m
  Saber o que é possível é legal
          B
  Eu tô ligado
      D         E         F#m
  Querer o impossível é legal
          B
  Eu tô ligado
  D
  Vai chegar a hora
    E              F           F#m
  E quando chega a hora é mais legal
Bm                A
  Saber todo mundo sabe
                    E
  Querer todo mundo quer
Bm            A            E
  Mais fácil falar do que fazer
Bm                A
  Saber todo mundo sabe
                    E
  Querer todo mundo quer
Bm            A            E  F F#m  B  F#m  B
  Mais fácil falar do que fazer
       F#m      B
  Vertical... de corpo e alma
     D            E
  Mergulho ou decolagem
        F#m
  Tanto faz
          B
  Eu tô ligado
        D             E
  Lá no alto ou lá no fundo
          F#m
  É  vertical
          B
  Eu tô ligado
  D
  Já chegou a hora
     E             F        F#m
  E quando chega a hora é radical
Bm                A
  Saber todo mundo sabe
                    E
  Querer todo mundo quer
Bm            A            E
  Mais fácil falar do que fazer
Bm                A
  Saber todo mundo sabe
                    E
  Querer todo mundo quer
Bm            A            E  F  F#m  B  F#m  B
  Mais fácil falar do que fazer
Bm                A
  Saber todo mundo sabe
                    E
  Querer todo mundo quer
Bm            A            E
  Mais fácil falar do que fazer
Bm                A
  Saber todo mundo sabe
                    E
  Querer todo mundo quer
Bm            A            E   F  F#m  B  F#m B
  Mais fácil falar do que fazer
       F#m
  Tá legal
          B
  Eu tô ligado

Variações sobre o mesmo tema

Engenheiros do Hawaii

Tom:  F 
  
Parte I

       C                             Bb
    eu tenho os meus problemas, você tem os seus
         C                       Bb
    variações de um mesmo tema, ateus procurando Deus
       C                             Bb
    eu tenho os meus problemas, você tem os seus
         C                      Bb
    variações de um mesmo tema, dylan e seus dilemas

Am                                           F
?onde estamos?  ?pr'onde vamos?  ?onde já se viu?
Am                                       F
num retrato, num espelho, no mapa do brasil
Am                                             F
?qual é seu signo? ?que sangue você gosta de sugar?
      Am
?qual é o seu limite (se é que ele existe)?
   F                 G
se não existe, ?qual é?

           C
eu tenho os meus problemas...

Am                                           F
?onde estamos?  ?pr'onde vamos?  ?onde já se viu?
Am                                       F
num retrato, num espelho, no mapa do brasil
Am                                             F
?qual é seu signo? ?que sangue você gosta de sugar?
Am
?qual é o seu sexo (se é que ele existe)?
   F                            G
se não existe o complexo, ?qual é?
C                    F
não procure paz onde paz não há
C                           F
não procure alguém onde não há ninguém
C                          F
não procure um céu azul no mar vermelho
C                          F
não procure outras pessoas no espelho
C                           F
não procure mais, 'tá tudo aí
  C                       F
e ai de nós se o disco acabar
     C                             F
se o rastro ficar invisível a olho nu
C                                F
pois nossos olhos não usam black-tie
C
ouça o que eu digo: não ouça ninguém
F
ouça o que eu digo: não ouça ninguém
      C
só obedeça à lei da infinita highway
F                                       C
o piloto aunão leva a nenhum lugar
(não, não ouça o que eu digo: não ouça ninguém)
F                                       C
o piloto aunão leva a lugar nenhum
(não, não ouça o que eu digo: não ouça ninguém)
...não ouça ninguém


Parte II

Fm        Cm   Fm              Cm
não tenha medo: nem tudo tem explicação
Ab                   Gm    Ab                 G
há mistério em quase tudo, nem todo veludo é azul
F                  Am
o coração sempre arrasa a razão
           F                             G
o que é preciso ninguém precisa explicar
  Fm            Cm     Fm                Cm
o mundo é muito grande p'ra quem anda de avião
Ab                    Gm   Ab          G
p'ra quem anda sem destino ele cabe na palma da mão
F                  Am
o coração sempre arrasa a razão
          F                         E7        G
o que não tem explicação ninguém precisa explicar
Fm               Cm    Fm               Cm
o sol ainda se levanta no meio de tanta confusão
Ab              Gm   Ab              G
no meio da madrugada ele ilumina o japão
F               Am
o coração nunca cansa da canção
            F                          E7       G
o que 'tá escrito na canção ninguém precisa aceitar

Túnel do tempo

Engenheiros do Hawaii

Tom:  E 
  
(Humberto Gessinger) 

Introdução: 2x (E G#m A) - A B E

E  G#m       A
te vejo infinita
E  G#m        A
invejo quem grita
                B                     E
o fim do silêncio: canção que não acabou
E G#m           A
interna luz em fuga
E  G#m             A
lanterna sangra e suga
                 B                 E
pra ouvir melhor, melhor apagar a luz

F#m                  E
deve ser o que chamam CANTO DO CISNE
F#m       E
44 minutos do segundo tempo
F#m                  A
pra frente é que se anda
                     B
para a praça, ver a banda passar
F#m
se você for, eu vou
A                     B
se você vier, eu estou no mesmo lugar
F#m                  A
pra frente é que se anda
              B
na rua a banda continua a tocar
F#m                A
sem você, eu fico longe
                B
com você, tudo volta ao lugar

(introdução)

E  G#m      A
há vida na terra
E  G#m        A
há chances de erro
                    B           E
não há nada que possa nos proteger
E   G#m               A
acontece a qualquer hora
E   G#m              A
acontece a qualquer um
                    B        E
não há nada de errado com a gente

F#m                  E
deve ser o que chamam TELHADO DE VIDRO
F#m              E
chuva de granizo, vitrines & vitrais
F#m         A                   B
atire a primeira pedra quem nunca atirou
F#m          A                       B
espere pelo sangue que o bumerangue despertou
F#m        A                       B
atire a segunda pedra, a terceira, o milhar
F#m           A                    B
na idade das pedras que não criam limo
    C#m             B        A
os Flinstones continuam a rolar

F#m                  E
deve ser o que chamam TÚNEL DO TEMPO
F#m                E
ano 2000 era futuro há pouco tempo atrás
F#m                   A
há uma luz no fim do túnel 
                    B
e não é um trem na contramão (eterna luz em fuga)
F#m                     A
há um tempo certo para tudo
            B
para tudo uma razão (ou não)
F#m                   A
há uma luz no fim do túnel
                    B
uma chama que nos chama, nos atrai (lanterna sangra e suga)
F#m         A               B
é a luz do fim do túnel do tempo
     C#m     B        A G#m F# F#m E   (F# F#m E)
fogo fátuo, falta de ar