segunda-feira, janeiro 03, 2011

Orlando Correa

Orlando Correa (Orlando José Correa), cantor, nasceu em 05/12/1928 na cidade de Niterói-RJ, e faleceu em 2002 no Rio de Janeiro-RJ.

Em 1947, apresentava-se em circos, pavilhões e night clubes, quando foi descoberto pelo cantor Cyro Monteiro cantando num parque de diversões em Niterói. Assinou contrato na Rádio Mayring Veiga e começou a se apresentar no Programa Casé até 1948, quando se transferiu para a Rádio Guanabara.

Foi intérprete de várias composições da dupla Wilson Batista e Jorge de Castro. Gravou também músicas de importantes compositores como Pedro Caetano, José Maria de Abreu Claudionor Cruz, João de Barro e Antônio Almeida.

Gravou seu primeiro disco em 1949, pelo selo Star, para a qual foi levado por Ataulfo Alves, com o samba Casa sem luz, de Luiz de França e José Pacheco e o samba-canção Meditando, de Soares Moutinho e José Lourenço.

Em 1950, foi contratado pela gravadora Todamérica e lançou o samba Minha mão à palmatória, de Antônio Almeida e Ruy de Almeida e a marcha Tourada sem espada, de Afonso Teixeira e Jorge de Castro com acompanhamento de conjunto regional. No ano seguinte, gravou para o carnaval os sambas Meu sonho é você, de Altamiro Carrilho e Átila Nunes e Velho marinheiro, de Alberto Ribeiro e Wilson Batista. Nesse ano, transferiu-se para a Rádio Clube do Brasil e no final do mesmo ano foi para a Rádio Tupi, na qual permaneceu por 29 anos.

Gravou em 1952 os sambas Onde estás amor?, de José Maria de Abreu e Antônio Domingues, Longe de ti, de Napoleão de Oliveira Pimenta e Nair Firme de Castro, Tormento, de Pedro Caetano e Claudionor Cruz e Palhaço, de Nelson Cavaquinho, Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti.

No ano seguinte lançou os sambas Martírio, de Wilson Batista, Roberto Roberti e Arlindo Marques Jr e O que tem que acontecer, de Norival Reis e Alberto Rego. Gravou também com o Trio Madrigal para as festas de fim de ano o samba-canção Natal sem você, de Bruno Gomes e Jorge de Castro e as canções Noite feliz e Meu pinheirinho, com adaptação de Antônio Almeida.

Em 1953, gravou o samba Sistema nervoso, de Wilson Batista, Roberto Roberti e Arlindo Marques Jr, que obteve grande sucesso, consolidando-lhe o prestígiono meio radiofônico.

Gravou em 1954 dois sambas de Luiz Bandeira, Nuvem, parceria com Manoel Malta e Quase, com Jota Júnior . No mesmo ano, gravou de Wilson Batista e Jorge de Castro o samba Drama de amor e a marcha Carmen.

Em 1955, gravou os sambas Mar, imagem da vida, de Alberto Ribeiro, Remorso, de José Maria de Abreu e Pedro Caetano e Ela chegou, de Norival Reis; a valsa Serenata suburbana, de Capiba e a marcha Um brasileiro em Paris, de Wilson Batista e Jorge de Castro.

Estreou em na RCA Victor em 1956, gravando o bolero Alucinação, de Lourival Faissal e Jorge de Castro e a toada Sereia, de Haroldo de Almeida e Otávio Teixeira com acompanhamento da Orquestra RCA Victor. No mesmo ano, gravou com acompanhamento de orquestra e coro as marchas Jogado fora, de Geraldo Queiroz e Cigano, de Wilson Batista e Jorge de Castro.

Gravou no ano seguinte o samba-canção Fracassos de amor, de Tito Madi e Milton Silva, o fox-canção Que sejas feliz, de C. Velasquez e versão de Moacir Silva, a valsa Copacabana à noite, de Wilson Batista e Jorge de Castro e o samba-canção Não vivo sem você, de Santos Garcia.

Em 1958, gravou para o carnaval o samba Lealdade, de Valdemar Gomes, Raul Marques e Oldemar Magalhães e a marcha Deixai vir a mim as mulheres, de Wilson Batista e Jorge de Castro. Nesse ano, gravou também os sambas-canção Maria do céu, de René Bittencourt, Desespero de causa, de José Utrini e Jorge de Castro e Não tenho ninguém, de Alberto Jesus e Luiz de França e o bolero Volta, de Alvarenga, Ranchinho e Geraldo Serafim.

Transferiu-se para a gravadora Continental em 1959 estreando com o samba Boêmio aposentado, do compositor baiano Gordurinha e o fox Conhecer-te, de D'Anzi, com versão de David Nasser. No mesmo ano, gravou com acompanhamento de orquestra e coro a marcha Naquela base, de Wilson Batista, José Utrini e Jorge de Castro e o samba Vai saudade, de Edu Rocha, Milton Legey e Sebastião Ramos.

Intercalando gravações de sambas e marchas com músicas românticas como boleros e sambas-canção, lançou em 1960 o bolero Como se deve amar, de Guilherme Pereira e a valsa Retrato de amor, de Ori Dourado e J. André.

Para o carnaval do ano seguinte, gravou a marcha Salve a brotolândia, de João de Barro, Norival Reis e Jorge Duarte e o samba Candango feliz, e Wilson Batista, Antônio Almeida e Jorge de Castro com acompanhamento de Orquestra Carnavalesca. Também em 1961 gravou a marcha Tem mulher 'tô' lá, de João de Barro e o samba Lá do alto, e Jota Júnior e Castelo.

Em 1962, gravou o samba-canção Garçon confidente, de Jorge de Castro e Murilo Latini e o samba Coisas do passado, de Jorge de Castro e Alberto Jesus. No ano seguinte, lançou um último disco em 78 rpm pela gravadora Continental com a marcha A vida é bela, de Klécius Caldas e Rutinaldo e Ai de quem rega saudades, e João de Barro e J. Júnior. Nesse ano, transferiu-se para o selo pernambucano Mocambo e lançou de Adelino Moreira o bolero Parece que foi ontem e o samba-canção Aviso. Um ano depois lançou a marcha Eclipse, de Adelino Moreira e Celso Castro e o samba Quis fazer de mim palhaço, de Raul Marques, Otávio Lima e Odair Correia.

Em 1963, gravou pela Philips o LP Meu sonho é você, que incluía um pot-pourri de músicas de Ary Barroso.

Em 1965, passou a apresentar na Rádio Tupi o programa Audição Orlando Corrêa-Sala de Visitas Gebara, que alcançou algumas vezes a liderança do horário em que era apresentado e que durou dez anos no ar. No final da década afastou-se da vida artística como cantor continuando a presentar seu programa na Rádio Tupi até 1975.

Em 1972, foi escolhido como o melhor cantor entre todos os contratados das Emissoras Associadas. Lançou 37 discos em 78 rpm pelas gravadoras Star, Todamérica e RCA Victor.

Em 1990, o selo Phonodisc lançou o LP Grandes sucessos da década de 50 no qual aparecem suas interpretações para os sambas Meu sonho é você e Sistema nervoso, seus dois maiores sucessos, especialmente o último. Em 2002, o selo Revivendo lançou o CD Meu sonho é você com 23 interpretações do cantor incluindo Sistema nervoso, Serenata suburbana, Desespero de causa, Velho marinheiro e Meu sonho é você.

Discografia

(2002) Meu sonho é você • Revivendo • CD; (1964) Eclipse / Quis fazer de mim palhaço • Mocambo • 78; (1963) A vida é bela / Ai de quem rega saudades • Continental • 78; (1963) Parece que foi ontem / Aviso • Mocambo • 78; (1963) Meu sonhom é você • Philips • LP; (1962) Garçon confidente / Coisas do passado • Continental • 78; (1961) Tem mulher 'tô' lá / Lá do alto • Continental • 78; (1960) Como se deve amar / Retrato de amor • Continental • 78; (1960) Salve a brotolândia / Candango feliz • Continental • 78; (1959) Maria maluca / Meu assunto • RCA Victor • 78; (1959) Boêmio aposentado / Conhecer-te • Continental • 78; (1959) Naquela base / Vai saudade • Continental • 78; (1958) Lealdade / Deixai vir a mim as mulheres • RCA Victor • 78; (1958) Maria do céu / Desespero de causa • RCA Victor • 78; (1958) Volta / Não tenho ninguém • RCA Victor • 78; (1958) Ave sem ninho / Se quer...diz logo • RCA Victor • 78; (1957) Fracassos de amor / Que sejas feliz • RCA Victor • 78; (1957) Copacabana à noite / Não vivo sem você • RCA Victor • 78; (1956) Alucinação / Sereia • RCA Victor • 78; (1956) Jogado fora / Cigano • RCA Victor • 78; (1955) Mar, imagem da vida / Estranho mistério • Todamérica • 78; (1955) Mais um pouco de amor/Vera Cruz • Todamérica • 78; (1955) Remorso / Serenata suburbana • Todamérica • 78; (1955) Um brasileiro em Paris / Ela chegou • Todamérica • 78; (1955) Meu abrigo!... / Maria Madalena • Todamérica • 78; (1954) Nuvem / Quase • Todamérica • 78; (1954) Através da vidraça / Drama de amor • Todamérica • 78; (1954) Filme de amor / Folhas pelo chão • Todamérica • 78; (1954) Carmen / Amei • Todamérica • 78; (1953) Sistema nervoso / Dançando com você • Todamérica • 78; (1953) Martírio / O que tem que acontecer • Todamérica • 78; (1952) Onde estás amor? / Longe de ti • Todamérica • 78; (1952) Tormento / Doce lembrança • Todamérica • 78; (1952) Nostalgias / No crepúsculo • Todamérica • 78; (1952) Palhaço / Se o dinheiro acabar • Todamérica • 78; (1952) Vem meu amor / Marinheiro • Todamérica • 78; (1952) Como o tempo judiou / Quero-te tanto • Todamérica • 78; (1951) Meu sonho é você / Velho marinheiro • Todamérica • 78; (1950) Minha mãs à palmatória / Tourada sem espada • Todamérica • 78; (1949) Casa sem luz / Meditando • Star • 78.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB; Bibliografia Crítica: AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982; CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965.

Almanir Grego


Almanir Grego, compositor, poeta e veterinário, nasceu em Niterói, RJ, em 8/6/1909, e faleceu na mesma cidade, em 1995. Teve atuação musical constante entre as décadas de 1930 e 1940.

Grande folião destacou-se no carnaval de Niterói tanto como compositor como participante de blocos, entre os quais o Bloco dos Solteiros, que era segundo depoimento dele mesmo, "composto por mais de trezentos figurantes e todos solteirinhos da silva".

Gravou sua primeira composição em 1935, a canção Beijo mascarada, com Gadé, lançada na Odeon por João Petra de Barros. No ano seguinte, o choro Onde ficou a minha sorte?, com Gadé, foi gravado por Aurora Miranda, e o também choro Polichinelo, com Gadé, foi registrado por Carmen Miranda, as duas na Odeon.

Em 1937, seu choro "Noivado desfeito, com Gadé, foi gravado na Odeon pela cantora Aurora Miranda, e a marcha Primavera da vida, com André Filho, foi lançada, também na Odeon, por Carmen Miranda. No ano seguinte, J. B. de Carvalho registrou na Victor o samba Princípio de amor, e Aurora Miranda, também na Victor, o maxixe Petisco do baile, com Gadé.

O grupo Anjos do Inferno gravou, em 1939, sua marcha Tim-tim por tim-tim. No ano seguinte, o grupo Bando da Lua gravou na Columbia o samba Ora, ora, com Gomes Filho, um dos sucessos daquele ano.

Em 1941, na Odeon, Odete Amaral gravou a valsa Minha primavera, e Almirante o samba Eu e a lua, com Gadé, enquanto na Columbia, o cantor Vassourinha registrou o samba Ela vai à feira, com Roberto Roberti.

Teve outra composição gravada por Odete Amaral na Odeon em 1942: o samba-maxixe Pra que tanto balanço. No ano seguinte, o grupo Quatro Ases e um Coringa gravou o samba Nós dois, parceria com Gadé.

Em 1944, o samba Livro do passado, com Valfrido Silva, foi gravado por Orlando Silva na Odeon. Em 1945, a marcha O que é que eu tenho com isso, parceria com Amado Régis e Gadé, foi gravada por Jorge Veiga, as marchas E o mundo se distrai e Meu amor és tu, ambas com Amado Régis e Gadé, foram registradas por Elvira Pagã, todas na Continental. Nesse ano, o choro Coisas que ficaram para trás, com Alberto Ribeiro, e o samba Calma Dinorah, com Valfrido Silva, foram lançadas na Continental pelo grupo vocal Os Trovadores, e o samba Cantora de samba foi registrado, também na Continental, pela cantora Linda Rodrigues. Teve ainda o samba Pura ilusão, com Gadé, gravado na Continental por Edna Cardoso.

Em 1949, Abílio Lessa gravou a marcha Síria-libanesa, parceria com Alcir Pires Vermelho. Em 1952, o samba Ingratidão, com Rutinaldo foi gravado na Todamérica por Elizeth Cardoso. No ano seguinte, o choro Trombone na gafieira, com Luiz Carneiro foi gravado na Odeon por Raul de Barros e seu conjunto, com vocais de Gilda de Barros, e relançado dois anos depois. Ademilde Fonseca regravou no ano seguinte o choro Polichinelo, com Gadé.

Em 1957, o maxixe Petisco do baile, com Gadé, foi regravado por Aurora Miranda na Sinter. Teve o samba Ora...ora regravado por Araci de Almeida no LP Samba é Aracy de Almeida lançado pela gravadora Elenco em 1966.

Em 1984, fundou o Templo da Seresta, uma entidade de cunho lítero-musical, destinada a preservar o que há de melhor na música popular brasileira, prestando constantes homenagens aos autores e intérpretes. A fundação se deu durante a apresentação do "rande Jornal Fluminense, um noticiário radiofônico que tinha como prefixo uma composição sua.

Em 1992, gravou um disco pelo selo Niterói Discos do qual constou Vila Real da Praia Grande - Hino a Niterói, parceria com Nilo Neves.

Parceiro de importantes nomes da música popular brasileira como Valfrido Silva, Alcyr Pires Vermelho, Alberto Ribeiro, Rutinaldo e André Filho, teve Gadé como parceiro mais constante. Além das irmãs Miranda, suas composições foram lançadas por Elizeth Cardoso, Aracy de Almeida, Raul de Barros, Linda Rodrigues, Quatro Ases e Um Coringa, Orlando Silva, Eliseth Cardoso, Gordurinha, Noite Ilustrada e outros. Seu maior sucesso foi o choro Polichinelo, gravado por Carmen Miranda e por Ademilde Fonseca.

Obra

A voz do povo (c/Frazão), Beijo mascarada (c/Gadé), Calma Dinorah (c/Valfrido Silva), Cantora de samba, Coisas que ficaram para trás (c/Alberto Ribeiro), E o mundo se distrai (c/Amado Régis e Gadé), Ela vai à feira (c/Roberto Roberti), Eu e a lua (c/Gadé), Ingratidão (c/Rutinaldo), Livro do passado (c/Valfrido Silva), Meu amor és tu (c/Amado Régis e Gadé), Minha primavera (c/Gadé), Nóis dois (c/Gadé), Noivado desfeito (c/Gadé), O que é que eu tenho com isso (c/Amado Régis e Gadé), Onde ficou a minha sorte? (c/Gadé), Ora...ora (c/Gomes Filho), Petisco do baile (c/Gadé), Polichinelo (c/Gadé), Pra que tanto balanço, Primavera da vida (c/André Filho), Princípio de amor, Pura ilusão (c/ Gadé), Síria-libanesa (c/Alcyr Pires Vermelho), Tim-tim por tim-tim, Trombone na gafieira (c/Luiz Carneiro).

Fontes: www.musicapopular.org/almanir-grego; Dicionário Cravo Albin da MPB.

As Três Marias

As Três Marias - Conjunto vocal constituído originalmente por Marília Batista, Salomé Cotelli e Bidu Reis (Edila Luísa Reis, Rio de Janeiro RJ 1920—).

Formado em 1942 na Rádio Nacional do Rio de Janeiro por seu diretor artístico, José Mauro, o grupo lançou o primeiro disco em 1942 pela RCA-Victor, acompanhando Linda Batista nos sambas Bom-dia (Herivelto Martins e Aldo Cabral) e Aula de música (Haroldo Barbosa e Herivelto Martins).

Em 1943 foi lançado o segundo disco em que acompanhavam Francisco Alves nos foxes Quantas são (Lilley, Loesser, versão de Haroldo Barbosa) e Céu cor-de-rosa (Herbert, Dubin, versão de Haroldo Barbosa). No mesmo ano, o conjunto cantou no filme É proibido sonhar, de Moacir Fenelon.

Em 1944 lançou discos-solo e outros acompanhando Roberto Paiva, Nilo Sérgio e Albertinho Fortuna. Em 1945, Bidu Reis saiu do grupo para cantar na Rádio Globo e na Orquestra Tabajara, e Marília Batista para se casar, sendo substituídas por Hedinar Martins, irmã de Herivelto Martins, e Consuelo Sierra, esta última substituída por Nilza de Oliveira por curto período.

Em 1948, Consuelo deixou o grupo e Bidu Reis retornou. Em 1949 cantaram no filme argentino-brasileiro Não me digas adeus, de Luís Barth, e acompanharam Marlene no jongo Conceição da praia (Dilu Melo e Oldemar Magalhães) e em Candonga (Felisberto Martins e Fernando Martins).

A formação do grupo em 1950 era Regina Célia, como líder, Hedinar e Nilza. Regina foi substituída por Carmen Déa. Nessa fase, o conjunto gravou uma série de LPs de baiões na Musidisc. Em 1952 atuaram no filme de Luís de Barros: Era uma vez um vagabundo.

Em 1953 sairam Carmen Dea, para fazer carreira solo, e Nilza, para se casar, voltando Consuelo e entrando Maria Teresa. Em 1957, o grupo se dissolveu.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFOLHA.

Rinaldo Calheiros

Rinaldo Calheiros
Rinaldo Calheiros, cantor, nasceu em Maceió, Alagoas, em 03/12/1926. Formou-se na Escola Técnica da Aeronáutica e foi servir na base aérea de Natal. Porém, um acidente automobilístico fez com que fosse reformado.

Estreou na Rádio Poty de Natal, cidade onde consolidou sua carreira, sendo considerado o astro galã daquela rádio. Em 1951 passou a atuar como vocal no Trio Acaiaca, juntamente com Chico Elion no violão e João Juvanklin no acordeom.

Em 1955 gravou seu primeiro disco, pela Mocambo, interpretando "Se eu fracassar", de Chico Elion. No ano seguinte gravou o samba "Se eu fracassar" e o samba canção Ranchinho de paia, de Chico Elion, e o bolero Minha inspiração, de William Leon e Sílvia Silva.

Em 1957 gravou o frevo canção Ingratidão, de Neusa Rodrigues e José Menezes. Nesse ano, ficou em segundo lugar na escolha para "Rei e Rainha do Rádio" com 177.900 votos. Em 1960 passou a residir em São Paulo, onde gravou inúmeros discos, pelas gravadoras Continental, CBS e Columbia. Gravou com as orquestras Mocambo e Jazz Paraguary.

Em 1961, ingressou na gravadora Copacabana e lançou o LP Em tudo existe o amor, LP no qual interpretou Meu sonho é você, de Altamiro Carrilho e Átila Nunes, Canção do sofrer, de José Messias, Melodia singela, dos Irmãos Orlando, Amor, de Antenógenes Silva e Ernâni Campos, Esperes por mim, de Claudionor Santos e Rubens Machado, Teus ciúmes, de Lacy Martins e Aldo Cabral, Eternamente, de Nelson Castro e Rossini Pacheco, Fracassei, de Cláudio Paraíba e A. Chamarelli, Em tudo existe o amor, de Pachequinho, Antônio Almeida e Nilo Barbosa, e Juro por Maria, de João Barone.

Em 1962, lançou dois LPs pela Copacabana. O primeiro foi Ouvindo-te com amor gravado em conjunto com a cantora Silvana, disco no qual interpretaram em dueto os tangos Amor, de Antenógenes Silva e Ernâni Campos, Cantando, de Mercedes Simone e versão de Virgínia Amorim, Jura-me, de María Grever, e versão de Osvaldo Santiago, e Onde estás coração, de L. M. Serrano e A. P. Berto, e versão de Ubirajara Silva, e o bolero Eternamente, de Nelson Castro e Rossini Pacheco.

O outro LP lançado  foi Mensagem de amor no qual interpretou tangos e boleros: Mensagem de amor, de Pachequinho, Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti, Diga que sim, de Airton Borges, Que Deus me dê, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, Contigo, de Cláudio Estrada e versão de Julio Nagib, Olhar proibido, de Erasmo Silva, Outro amor, de Antenógenes Silva e Ernâni Campos, Jamais te esquecerei, de Antônio Rago e Juracy Rago, Cristal, de Mariano Mores e José Maria Contursi com versão de Haroldo Barbosa, Nostalgias, de Enrique Cadicamo e J. C. Cobían, e versão de Juraci Rago, Esquina da ilusão, de Luis Roberto e Silvério Neto, Aventureira (El Choclo), de A. Villoldo e M. Catan, com versão de Haroldo Barbosa, e Último ato, de Sergio Malta e Helder Camara.

Discografia

([S/D]) Uma lágrima tua • Copacabana • LP; ([S/D]) Seu adeus • Copacabana • LP; (1998) Seleção de ouro 20 sucessos • EMI/Copacabana • LP; (1977) Rinaldo Calheiros • Beverly • CD; (1974) Com amor • Som hi-fi • LP; (1966) A voz que emociona • CBS • LP; (1962) Ouvindo-te com amor • Copacabana • LP; (1962) Mensagem de amor • Copacabana • LP; (1961) Em tudo existe o amor • Copacabana • LP; (1956) Ranchinho de paia/Minha inspiração • Mocambo • 78; (1955) Se eu fracassar • Mocambo • 78.

Amadeu Amaral

Amadeu Amaral
Amadeu Amaral (Amadeu Ataliba Arruda Amaral Leite Penteado), poeta, folclorista, filólogo e ensaísta, nasceu em Capivari, SP, em 6 de novembro de 1875, e faleceu em São Paulo, SP, em 24 de outubro de 1929. Eleito para a Cadeira n. 15, na vaga de Olavo Bilac, foi recebido em 14 de novembro de 1919, pelo acadêmico Magalhães Azeredo.

Foi redator-secretário do Comércio de São Paulo, diretor do Diário Nacional, redator-chefe do Diário da Noite; e em O Estado de São Paulo trabalhou até o fim da vida, só se afastando temporariamente para dirigir a Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, em 1923. 

Foi também redator da revista A Farpa, entre 1910 e 1915, e depois da Vida Moderna, antes Sportman; no ano seguinte, foi um dos fundadores da Revista do Brasil, assumindo sua direção em 1921; lançou ainda, em 1929, a revista Malasarte

Foi secretário da comissão diretora do Partido Republicano nos fins do século passado e um dos fundadores da Sociedade de Cultura Artística. Dedicou seus últimos anos de vida ao folclore, incentivando seu estudo, procurando despertar interesse para a fundação de instituições e associações destinadas a pesquisar, classificar, confrontar elementos dessa atividade. 

Sobre folclore publicou: Estudos brasileiros. O dialeto caipira, São Paulo, em 1920 (2 ed., São Paulo, em 1955); A poesia da viola, São Paulo, 1921; Tradições populares (primeiro volume das Obras completas, reunindo trabalhos esparsos sobre folclore, organizado por Paulo Duarte), São Paulo, 1948. Usou dos pseudônimos de Felício Trancoso, Carlos Pinto, Maneco, Yorick, A.A., Y.

Visando à formação dos jovens, assim como Bilac incentivara o serviço militar, Amadeu Amaral procurou divulgar o escotismo, que produziu frutos, no Brasil, até ser posteriormente posto de lado.

Sua poesia enquadra-se na fase pós-parnasiana, das duas primeiras décadas do século XX. Como poeta, não estava à altura de seus dois predecessores, Gonçalves Dias e Olavo Bilac, mas destacou-se pelo desejo de contribuir, com suas obras, para a elevação de seus semelhantes, em todas as suas obras, a ponto de seu sucessor, Guilherme de Almeida, ao ser recebido na Academia, ter intitulado o seu discurso: "A poesia educativa de Amadeu Amaral", não porque tenha colocado em verso aos regras gramaticais ou os princípios de moral e cívica, mas porque visava indiretamente ao aperfeiçoamento humano.

Por ocasião do VI centenário da morte de Dante, proferiu, no Teatro Municipal de São Paulo, uma conferência, enfatizando justamente os aspectos de Dante que exaltam a elevação do espírito humano através da Sabedoria. Também soube ressaltar as qualidades morais de Bilac no seu discurso de posse, mostrando-o não apenas como um boêmio freqüentador da Confeitaria Colombo, mas como homem preocupado com os problemas da sua pátria e escritor que evoluiu em sua poesia para um grau maior de espiritualidade.

Obra

Urzes, poesia (1899); Névoa, poesia (1902); Espumas, poesia (1917); Lâmpada antiga, poesia (1924), títulos que integram as Poesias, publicadas postumamente em 1931; Letras floridas, ensaio (1920); O dialeto caipira, filologia (1920); O elogio da mediocridade, ensaio (1924); Tradições populares, folclore (1948); Obras completas de Amadeu Amaral, com prefácio de Paulo Duarte (1948).

Fonte: www.biblio.com.br; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Aparecida

Maria Aparecida Martins
Aparecida (Maria Aparecida Martins), compositora e cantora, nasceu em Caxambu, MG, em 4/12/1939, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1985.

Criança, aprendeu ritmos africanos com seus parentes. Aos dez anos, transferiu-se para o Rio de Janeiro, trabalhando como passadeira de roupa em Vila Isabel. Começou a compor aos 13 anos e mais tarde conheceu Salvador Batista, que fazia o programa A Voz do Morro e lhe conseguiu um lugar de passista em seu grupo de samba, onde permaneceu dez anos.

Convidada para participar do filme Benito sereno e o navio negreiro, recebeu por sua atuação uma viagem-prêmio à França, onde apresentou suas músicas pela primeira vez, cantando numa boate. Retornando ao Rio de Janeiro, venceu em 1965 o Concurso do IV Centenário, com sua música Meu Rio quatrocentão

Foi ainda a vencedora do III Festival de Música da Favela, com o samba Zumbi, Zumbi. Sua composição de maior sucesso foi o samba Boa-noite, sendo a primeira autora feminina de um samba-enredo, com o Sonata das matas, do enredo O Brasil em plena primavera, da escola de samba Caprichosos dos Pilares, em 1968. 

Gravou duas faixas no LP Roda de samba, da CID, em 1974: Proteção (Davi Lima e Pinga) e Rosas para Iansã (Josefina de Lima). Ainda na CID gravou os LPs Aparecida (1975), Foram 17 anos (1976), Grandes sucessos (1977), Os deuses afro (1980) e A rosa do mar (1983); e na RCA Cantigas de fé (1978) e 13 de Maio (1979). 

Em julho de 1996, a CID lançou o CD Aparecida, samba, afro, axé

Obra

Boa-noite, samba, s.d.: Meu Rio quatrocentão, 1965. 

CD 

Aparecida, samba, afro, axé, 1996, CID CD-264. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Alceu Maynard Araújo

Alceu Maynard Araújo
Alceu Maynard Araújo, folclorista e historiador, nasceu em Piracicaba, SP, em 21/12/1913, e faleceu em São Paulo, SP, em 23/2/1974. 

Bacharel em ciências políticas e sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1944), foi um dos fundadores e instrutor-chefe do Clube dos Menores Operários da divisão de educação e recreio do Departamento de Cultura, da prefeitura municipal de São Paulo (1937—1946).

Foi chefe de pesquisas folclóricas do Departamento Estadual de Informações (1947). Dedicou-se durante vários anos à pesquisa e à coleta de material folclórico. 

Publicou Cururu, São Paulo, 1948; Danças e ritos populares de Taubaté (em colaboração com Manuel Antônio Franceschini), São Paulo, 1948; Folias-de-reis de Cunha, São Paulo, 1949; Rodas infantis de Cananéia, São Paulo, 1952; Documentário folclórico paulista, São Paulo, 1952; Instrumentos musicais e implementos, São Paulo, 1954; Literatura de cordel, São Paulo, 1955; Ciclo agrícola, calendário religioso e magias ligadas à plantação, São Paulo, 1957; Cem melodias folclóricas (em colaboração com Vicente Aricó Júnior), São Paulo, 1957; Alguns ritos mágicos, São Paulo, 1958; A congada nasceu em Roncesvales, São Paulo, 1960; Medicina rústica, São Paulo, 1961; Escorço do folclore de uma comunidade, São Paulo, 1962; Estórias e lendas de São Paulo, Paraná e Santa Catarina (em colaboração com Vasco José Taborda), São Paulo, 1962; Folclore nacional, 3 volumes, São Paulo, 1964; Cultura popular brasileira, São Paulo, 1973 (2 ed., São Paulo, 1973). 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Armandinho (Armando Macedo)

Armando Macedo
Armandinho (Armando Macedo), instrumentista, nasceu em Salvador, Bahia, em 22/5/1953. Filho de Osmar Macedo, o Osmar do Trio Elétrico de Osmar e Dodô, pioneiro dos trios elétricos do Carnaval baiano.

Começou a tocar aos 9 anos, e aos 10 já se apresentava com seu próprio Trio Elétrico Mirim. Em 1967, passou para a guitarra e formou seu primeiro conjunto, os Hell’s Angels, para tocar rock e músicas da jovem guarda.

Um ano depois, conquistou o primeiro lugar na fase eliminatória do programa A Grande Chance, de Flávio Cavalcanti e, em 1969, na finalíssima do concurso, ganhou repercussão nacional tocando bandolim, o que lhe valeu um contrato com a TV Tupi, do Rio de Janeiro, e a gravação de seu primeiro disco (CODIL). Em seguida, lançou pela mesma gravadora um compacto duplo e seu primeiro LP. 

Em 1973 gravou com Caetano Veloso O frevo do Trio Elétrico de Dodô e Osmar. No ano seguinte, o trio elétrico de seu pai passou a se denominar Trio Elétrico de Armandinho, Dodô e Osmar. A partir de 1975, iniciaram a gravação de vários LPs do Trio Elétrico, tendo como produtor e cantor convidado o compositor Morais Moreira. 

No mesmo ano, formou um grupo, que, inicialmente, acompanhou Moraes Moreira e mais tarde se firmou como A Cor do Som, gravando cinco LPs (todos pela Warner) e consagrando sucessos como Abria porta e Beleza pura. Ainda em 1975, desenhou a “guitarra-cavaquinho”, fabricada por Dodô, e que passou a usar no Trio Elétrico. 

Em 1978, o Trio Elétrico lançou o LP Ligação, pela Continental. Ainda em 1978, Armandinho iniciou sua carreira internacional, apresentando-se com A Cor do Som no Festival de Montreux, Suíça, e, três anos mais tarde, em NewYork, EUA. 

Em 1982 voltou a se dedicar exclusivamente ao Trio Elétrico e, no ano seguinte, lançou Armandinho e o Trio Elétrico Dodô e Osmar, pela Som Livre. Em 1984, o Trio Elétrico apresentou- se em Roma, Itália, e um ano depois foi contratado para fazer o carnaval de rua de Toulouse, na França. Em 1986, o Trio Elétrico fez shows na França e no México, durante a Copa do Mundo de Futebol. 

Em 1987, apresentou o espetáculo solo Armandinho em concerto, no Teatro Maria Betânia, em Salvador, e um show com Raphael Rabello, no Jazzmania, do Rio de Janeiro. Em 1988 apresentou-se ao lado de Moraes Moreira nos EUA. No ano seguinte, gravou o LP instrumental Brasileirô, com a participação de Raphael Rabello, Moraes Moreira e Paulo Moura, entre outros. 

Em 1990 voltou a se apresentar com o Trio Elétrico em Paris, França. Em 1994 participou de show com o grupo A Cor do Som, no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Gravado ao vivo, o show recebeu o Prêmio Sharp de 1996. Ainda em 1996, levou o show Armandinho em concerto, para o Festival de Música de Jerusalém, Israel. 

Também em 1996 apresentou-se com o Trio Elétrico no Festival de Montreux e no Festival de Música de Tübingen, Alemanha. Essas foram as últimas apresentações internacionais de Osmar, que viria a falecer em junho de 1997. 

Nesse ano, além do reencontro do grupo A Cor do Som no Teatro Rival, no Rio de laneiro, lançou os CDs Brasileirô (Movieplay, reedição do disco de 1989), Armandinho e Época de OuroO melhor do chorinho ao vivo, pela CID, e Raphael Rabello e Armandinho — Em concerto. Em outubro do mesmo ano, participou do Free Jazz Festival, em São Paulo.

Após o Carnaval de 1998, recebeu a Ordem do Mérito da Bahia, no Grau de Cavaleiro.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Roberto Audi

Roberto Audi
Roberto Audi, cantor e compositor, nasceu em 10/02/1934, no Rio de Janeiro, RJ, e faleceu na mesma cidade em 12/02/1997. Começou sua carreira na boate Night and Day, no Rio de Janeiro, como corista nos shows de Carlos Machado.

Estreou como cantor em 1958, gravando em dueto com Leny Eversong, que o havia descoberto, a toada Geada (Armando Cavalcanti e David Nasser) e Azul pintado de azul (Domenico Modugno, versão de David Nasser) em disco de 78 rpm. 

Depois de vários outros discos de 78 rpm e um LP de sambas-canções, gravou, em 1959, E as operetas voltaram. Ainda nesse ano apresentou-se no Super Show da TV Tupi, do Rio de Janeiro, e, a partir de 1960, atuou em programas da Rádio Nacional, TV Tupi, TV-Rio e, em São Paulo SP, na TV Record e TV Bandeirantes. 

Premiado pela Revista do Rádio e Radiolândia como cantor revelação, de 1961 a 1964, além de apresentar-se por todo o Brasil e aparecer como cantor de música de carnaval, fez shows em Portugal, EUA, Uruguai e Argentina. 

Encontrei, afinal, meu amor (com Ribamar), interpretada por ele mesmo em 1969, foi sua primeira composição gravada. Deixou de gravar discos, passando a apresentar- se em shows no interior do Estado do Rio de Janeiro. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Aurinho da Ilha

Aurinho da Ilha
Aurinho da Ilha (Áureo Campagnac de Sousa), compositor e cantor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12/3/1931, e faleceu na mesma cidade, em 17/08/2010.

Desde menino freqüentou as escolas de samba da Ilha do Governador, onde nasceu, e em 1953 tornou-se um dos primeiros membros da Escola de Samba União da Ilha do Governador.

Em 1967 freqüentou também a quadra do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro, tendo o seu samba-enredo História da liberdade no Brasil sido o escolhido para o desfile da escola no Carnaval de 1967, classificando-se em terceiro lugar. Por essa época participou de espetáculos de samba no Teatro Opinião. 

Compôs, entre outras, Paisagens da ilha (1961), Sinfonia do mosquito (1968), Quero ver você bem feliz (1968), samba de terreiro do Salgueiro, Dona Beija, feiticeira do Araxá (1968), samba-enredo do Salgueiro, Até a saudade passar (1969) e Deixa o copo para mim (1969) (ambas com Lourenço Fernandes), Vou brigar com ela (com Ione do Nascimento), 1971, Domingo (1977) e Quem pode, pode; quem não pode... (1984), estes dois sambas-enredo da União da Ilha. 

Foi  estivador no cais do porto do Rio de Janeiro. 

Obra
 
Epopéia do petróleo, samba-enredo, 1960; Velhos tempos, 1969. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Gildo Moreno

Gildo Moreno (Rotílio Antônio dos Santos), compositor e cantor, nasceu em Recife, PE, em 22/8/1916—. Despertou para a música ainda garoto, participando de festinhas, como cantor, no bairro onde cresceu.

Aos 22 anos de idade, ingressou na Rádio Clube de Pernambuco, participando também dos conjuntos Garotos da Luz e Jazz Acadêmico, ainda com o nome de Rotílio Santos.

Autodidata, sua primeira música gravada data de 1940, o frevo Comércio. Adotou então o nome artístico Gildo Moreno. Em 1945 teve dois frevos seus, Pitiguari e Eu vou cair no frevo, gravados pela Odeon, na voz de Gilberto Alves.

Em 1947 gravou com a Orquestra Fon-Fon o frevo-canção Você não pensou, em selo Odeon, que obteve muito sucesso. No Carnaval do ano seguinte, o cantor Deo lançou o frevo Sai palhaço, gravado pela Continental, e Carlos Galhardo gravou pela RCA Victor o frevo-canção Eu sou assim.

Em 1949, Carlos Galhardo gravou outro de seus sucessos, o frevo-canção Conhece Recife?, também pela RCA Victor.

Obra

Comércio, 1940; Conhece Recife?, frevo-canção, 1949; Eu quero aquilo, frevo-canção, 1977; Eu sou assim, frevo-canção, 1948; Eu vou cair no frevo, frevo, 1945; Pitiguari, frevo, 1945; Sai, palhaço, frevo, 1948; Show no Municipal, frevo-canção, 1964; Você não pensou, frevo, 1947.

Fonte: Enciclopédia da música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998.