sábado, fevereiro 05, 2011

María Luisa Landín

María Luisa Landín Rodríguez, “a rainha do Bolero”, é e sempre será um ícone do sentimento popular latino-americano, expressado na sua voz única e incomparável, não superada por nenhum intérprete. Filha de um veracruzano, o senhor Ireneo Landín, e de uma guanajuatense, senhora Magdalena Rodríguez, nasceu no popular, criativo e central bairro de “Tepito” da Cidade do México, em nove de outubro de 1921.

Junto com sua irmã Avelina Landín Rodríguez (Cidade do México, México, 10/11/1917 – 21/02/1991) iniciou-se muito cedo na música, formando em 1935 o duo “Pirita y Jade” de grata recordação entre os duos existentes naquela época, pela elegância no cantar e pelo entrosamento admirável das vozes das irmãs Landín Rodríguez.

O duo Pirita y Jade se apresentava em festas e reuniões familiares, recebendo a aprovação dos presentes e, pouco a pouco, ganharam prestígio, pelo menos no âmbito local. Em 1936 se apresentaram alternativamente na rádio XEYZ e na estação do governo XEFO.

Em 1938, a recém inaugurada rádio XEQ conhecida como “Rádio Panamericana” as contratou como artistas principais em sua programação musical, promovendo uma rivalidade com as Irmãs Águila, famoso duo integrado pelas irmãs Maria Esperanza e Maria de la Paz Villlobos.

Esse antagonismo foi proveitoso para a emergente estação e, assim mesmo, para as irmãs Landín Rodríguez, que aumentaram em fama e popularidade. Nessa ocasião adotaram a denominação de “Duo Mari-Lina” e, finalmente, escolheram o nome que mais acreditavam ser o mais destacado e harmonioso da época: “O Duo das Irmãs Landín”.

Com este título registraram para a posteridade os mais emocionantes temas musicais de renomados autores e compositores. Entre estes se destacam: “A ti qué ” de Alberto Domínguez, “A dónde irán” de Rodolfo Mendiolea, “Yo quiero la vida”, “Aquella noche”, “Si tú me pides” e “Háblame de amor” de Gabriel Ruiz, “Cariñito” de Manuel Renteria, “La Guía”, de Méndez Castillo, “La noche, tú y yo” de Rafael Hernández, “Mi amor de ayer” de Tamayo Ortega, “Mi destino fue quererte” e “Mi único amor” de Felipe Valdéz Leal, “Mujercita castigada” de Fernando Z. Maldonado, “Pasional” de Consuelo Velazquez, “Pobre de mí” de Agustín Lara, “Tengo que sufrir” de Claudio Estrada, “Tengo un nuevo amor” de Ernesto Lecuona y “Yo no sé lo que me pasa” de Fernando Mulens.

O duo das Irmãs Landín se manteve até 1942, quando Avelina contraiu matrimônio com Ángel Zempoalteca Ortega (1925-1970). Dissolvido o duo, María Luisa foi contratada por Carlos Riverol para atuar no Teatro de Belas Artes com o patrocínio da companhia Coca-Cola do México, junto ao tenor Nestor Mesta Chayres, com quem produziu séries inesquecíveis que, posteriormente, formariam um conjunto de programas de rádio de grande prestígio por todo o México que, seriam retransmitidos à América Latina através da rádio XEW.

Os programas radiofônicos do duo Chayres-Landín foram gravados num LP. Entre as canções mais destacadas estão: “Siempre viva”, “Ay Maricruz”, “Reconciliación”, “Rumichacha”, “Por la vuelta”, “Tu altivez”, “Secreto”, “Al son de la marimba”, “Muchos besos”, “Tres corazones” e “Momento musical Nº 3”, “Corazón del mar”, “María Elena” y “Buenas noches”.

María Luisa Landín, em 1940, fez uma turnê em Cuba, atuando em clubes, teatros e estações de rádio. Depois fez outra excursão por toda a América do Sul onde foi muito bem recebida pelo público.

Em 1942 obteve seu primeiro sucesso de projeção internacional: “Canción del alma” de Rafael Hernández Marín, (Aguadilla, Porto Rico, 24/10/1891 - San Juan, Porto Rico, 11/12/1965). Nessa época travou amizade com esse compositor, que havia se mudado para a Cidade do México em 1932, e que trabalhava em programas de rádio que produziam e animavam orquestras de danças. Agora, María Luisa Landín, é popular em seu país e na América. O tema “Hay que saber perder” do compositor Abel Domínguez Borrás, é tocado e cantado em todo o continente latino-americano.

Em 1949 é contratada como artista exclusiva da famosa rádio mexicana XEW e assim, mantém contato com escritores, compositores, músicos, diretores de orquestra, diretores de cinema, locutores, etc. que lhe influenciaram e lhe ajudaram em sua trajetória como cantora. É nesse ano que grava “Amor perdido” do compositor porto-riquenho Pedro Flores, com arranjos do maestro Rafael de Paz, com a marca característica da orquestra de José Sabre Marroquín, que se transformaria na canção de maior popularidade durante a segunda metade do século XX.

A seqüência de sucessos da “Cancionera da América” María Luisa Landín foi interminável. Para ela escreveram compositores de sucesso e foi acompanhada por orquestras e conjuntos de destaque. Fez turnês em Havana, Los Angeles, São Francisco, Santo Domingo, Caracas, Maracaibo, Lima, Bogotá, Medellín, Calí, Madrid, Santiago do Chile, Buenos Aires, Porto Rico, Panamá e viajou por todo o México.

Viveu em Havana, Cuba, onde se casou pela segunda vez com o famoso diretor, pianista e compositor Fernando Mulens.

Entre os sucessos da canção romântica interpretados por María Luisa se destacam: “No señor” de July Steiner, “Te espero”, “Verdad amarga” e “Aunque tengas razón” de Consuelo Velásquez, “Desdichadamente”, “Canción Divina”, “Desvelo de amor”, “Me la pagarás”, “Ahora”, “Puro engaño”, “Amor ciego” y “Canción del alma” de Rafael Hernández Marín, “Bésame”, “Don dinero”, “Infame”, “Jamás, jamás”, “El tiempo lo dirá”, “Nunca más”, “Por eso te perdono”, “Ven, ven, ven”, “Que te vaya bien” y “Yo soy tu pasado” de Federico Baena, “Ven te quiero ver” de Alberto Salinas, “Somos diferentes” de Antonio Núñez, “Sé muy bien que vendrás” de Alberto Muñoz, “Conozco a los dos” de Pablo Valdéz, “Porque llorar” e “Amor de sangre” de Mario Ruiz Armengol, “Mis ojos me denuncian” de Miguel Acuña, “A dónde irán” de Rodolfo Mendiolea, “Mi último refugio” de Miguel Ángel Pazos, “Tengo que amar” de Marcelo Rey, “Por pasar el rato” de Miguel Ángel Valladares, “Prefiero estar sola” de Claudio Estrada, “Si tu regresaras” de Antonio Núñez, “Una aventura más” de Oscar Kinleiner, “Senda maldita” de Rafael de Paz, “Muchas gracias” de Ivon Curi, “Falsa” de Juan B. Leonardo, “Dos almas” de Domingo Fabiano, “Tú y la noche” de Minerva Magaña, “Conozco a los dos” de Pablo Valdéz Hernández, “Malos pensamientos” e “Que el cielo te lo pague” de Alberto Domínguez, “Déjame en paz•” de Luciano Miral, “La mano de Dios” de José Alfredo Jiménez, “Tú eres mi destino” de Carlos Gómez Barrera.

Nació en México DF, el 9 de octubre de 1921. Desde niña se ve interesada por la música. En 1936, con su hermana Avelina Landín forma un dueto, con la que hace presentaciones en la radioemisora XEYZ. Después Avelina decide dejar la música y María Luisa queda como solista. En 1940 hace su primer gira a Cuba. En 1941 graba su versión de la conocida canción "Hay que saber perder", que logran extraordinarias ventas. En 1942 graba su primer tema inédito "Canción del alma", seguida del gran éxito "Amor perdido". Los inolvidables boleros de María Luisa tenían un estilo propio, no como los otros tríos o cantantes de este lindo género.


Acesse aqui a relação de compositores e intérpretes de bolero

Bolero: Letras, Cifras e Músicas

Saiba sobre as origens do bolero


Fonte: María Luisa Landín - Cantante mexicana del siglo XX. Tradução: Everaldo J Santos.

Jongo Trio

Jongo Trio - Conjunto vocal e instrumental formado em São Paulo, SP, em 1965, integrado inicialmente por Toninho (Antônio Pinheiro Filho, São Paulo), percussão; Sabá (Sebastião Oliveira da Paz, Belém PA 1926—), contrabaixo; e Cido (Aparecido Bianchi, Ribeirão Preto SP 1935—), piano.