quinta-feira, maio 30, 2013

Quarteto de Bronze

O Quarteto de Bronze: um conjunto vitorioso (Foto: A Noite - Supplemento, 7/4/1942).

Grupo vocal. O grupo foi formado no final da década de 1930 e era formado pelas irmãs Eulina, Eulália e Osmarina e, pelo violonista Euclides Machado, também responsável pelos arranjos vocais. No início da década de 1940, o grupo fez apresentações nas Rádios Mayrink Veiga, Nacional, Tupi e outras.

Gravaram pela primeira vez em 1940, pela Odeon cantando com a cantora sertaneja Nhá Zefa a canção Adeus, palavra malvada, de Arlindo Marques Júnior e Luiz Batista Júnior. O lado B desse disco trazia uma gravação de Nhô Pai e Nhá Zefa.

Em 1941, assinaram contrato com a gravadora Victor e gravaram com Mário Petra de Barros e Napoleão Tavares e Sua Orquestra os sambas Nega, meu bem e Sapateia morena, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira. No mesmo ano, gravaram com Ciro Monteiro os sambas Ai, ai, ai, ai, ai! Eu gosto de você e Chica, Chica, bum, chic, de H. Warren e Osvaldo Santiago. Pouco depois gravaram o primeiro disco solo com a marcha Firim-fim fonfon, de Peterpan e Milton de Oliveira e o samba Vamos dançar, de Paquito e Vilarinho.

Em 1942, o quarteto gravou o corta-jaca Trem do ferro, de Buci Moreira, Carlos de Souza e E . De Almeida e o batuque O barco virou, de Constantino Silva. Para o carnaval do ano seguinte gravaram a marcha A vontade do papai, de Roberto Martins e Mário Rossi e o samba Já não sinto saudades, de Luiz Soberano, Orlando M. Braga e Vasco Gomes.

As dificuldades da Segunda Guerra Mundial fizeram com que muitos artistas ficassem afastados das gravações. É o que parece ter acontecido com esse quarteto, que somente voltou a gravar em 1945, lançando pela Odeon a canção Rio Amazonas, de Alberto Montalvão e o batuque Ogum, de Milton Bittencourt.

Por volta de 1948, fizeram longa excursão ao Uruguai e à Argentina. De retorno ao Brasil em 1949, voltaram a se apresentar na Rádio Mayrink Veiga. Nesse ano, gravaram com a cantora Carmélia Alves o choro O tic-tac do meu coração, de Valdemar de Abreu, o Dunga e que foi um dos destaques daquele ano.

Depois de gravar nove discos com 16 músicas pelas gravadoras Victor, Odeon e Continental junto com astros como Ciro Monteiro e Carmélia Alves, o grupo se dissolveu no começo dos anos 1950.

Discografia

(1940) Adeus, palavra malvada • Odeon • 78
(1941) Ai ai ai ai ai! Eu gosto de você/Chica, Chica, bum, chic • Victor • 78
(1941) Firim-fim fonfon/Vamos dançar • Victor • 78
(1941) Nega, meu bem/Sapateia morena • Victor • 78
(1942) Trem do ferro/O barco virou • Victor • 78
(1942) Meu santo orixá/O pé de manjericão • Victor • 78
(1942) A vontade do papai/Já não sinto saudades • Victor • 78
(1945) Rio Amazonas/Ogum • Odeon • 78
(1949) Tic-Tac do meu coração • Continental • 78

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Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB;  "A Noite - Supplemento", de 07/04/1942..

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