sexta-feira, janeiro 18, 2013

Luiz Carlos da Vila


Luiz Carlos da Vila (Luiz Carlos Baptista), compositor e sambista, nasceu no bairro de Ramos, Rio de Janeiro, RJ, em 21/7/1949, e faleceu na mesma cidade em 20/10/2008. Conhecido por sua passagem pela ala de compositores da Vila Isabel, foi um dos compositores do samba-enredo Kizomba, a festa da raça, que consagrou a escola em 1988.

O nome artístico "da Vila" foi incorporado em 1977, após sua entrada na ala de compositores da escola de samba Vila Isabel. Segundo outras informações, o nome também era creditado a ele por ser morador do bairro Vila da Penha, mais específicamente da "Travessa da Amizade". Seu primeiro instrumento foi o acordeão, seguido de um violão que ganhou ainda na adolescência. Mas, com o desemprego de seu pai, foi obrigado a interromper as aulas.

Frequentou o tradicional bloco carnavalesco Cacique de Ramos no final da década de 1970, sendo considerado um dos formatadores do samba carioca contemporâneo, de uma geração de compositores integrada também por Jorge Aragão, Arlindo Cruz , Sereno do Cacique, Sombrinha, Sombra, Cláudio Camunguelo, entre outros.

Em 2003 criou junto com Dorina e Mauro Diniz o grupo Suburbanistas que cantavam os compositores do subúrbio carioca - fizeram muitos shows e foram matéria de mestrado de alunos de Jornalismo. Criou também com Dorina e Mauro o Bloco Suburbanistas que saia em Irajá, Oswaldo Cruz, Vila da Penha, Vista Alegre, Braz de Pina e Santa Tereza. Cantou na Europa um ano antes de falecer.

Faleceu vitimado por um câncer. O corpo foi velado na quadra da Vila Isabel e sepultado no dia seguinte no Cemitério de Inhaúma. Durante todo o mês de Outubro o compositor recebeu diversas homenagens em vários programas de rádio, TV e rodas de samba por todo o país, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo. Uma das primeiras homenagens oficiais aconteceu, no domingo posterior ao seu falecimento, na roda de samba "Samba Novo", de Cláudio Jorge e Hugo Suckamn no Renascença Clube, no bairro do Andaraí. Cerimônia que contou também com a presença de Mario Lago Filho.

Fonte: Wikipédia.

Cláudio Camunguelo


Cláudio Camunguelo (Cláudio Lopes dos Santos), compositor, flautista e cantor, nasceu no subúrbio de Vaz Lobo, Rio de Janeiro, RJ, em 5/6/1947, e faleceu na mesma cidade em 24/12/2007. Era neto de baianos que freqüentaram a Praça Onze, centro do Rio, e seu pai, que trabalhava na Guarda Municipal, após ver o interesse do filho por música o presenteou com uma flauta de bambu. Após dar baixa da Aeronáutica, trabalhou como estivador do cais do porto, instalador de letreiros luminosos, ajudante de pedreiro, motorista de táxi e ônibus, entre outras profissões.

Em 1986, participou, ao lado de Carlos Sapato, Baita e Adalto Magalha, do LP Explosão do pagode, da gravadora Fama. Neste disco, cantou duas composições de sua autoria; Joanita e Lá na favela, em parceria com Valdir Caramba.

Em outubro de 2001, classificou em 2º lugar sua composição Zé Galinha, parceria com Sílvio da Silva, no "Festival Chorando no Rio", do Estado do Rio de Janeiro, organizado pelo MIS (Museu da Imagem e do Som) e transmitido para todo o Brasil pela TVE.

Em 2003, ao lado de Casquinha, Jorge Presença, Xangô da Mangueira, Leci Brandão, Dona Ivone Lara, Arlindo Cruz, Ivan Milanez e Marquinho China, foi um dos convidados de Nei Lopes em projeto sobre o partido-alto apresentado no Centro Cultural Banco do Brasil. Neste mesmo ano, interpretou O bicho de autoria de Zé Antônio e João Sérgio (da Escola de Samba Viradouro) no festival "Fábrica do Samba", classificando a composição em 2º lugar na finalíssima no Maracanazinho, no Rio de Janeiro.

Foi um dos responsáveis pelo lançamento do cantor e compositor Zeca Pagodinho. Freqüentador e fomentador de várias rodas de samba no subúrbio carioca (Cacique de Ramos, Candongueiro, entre outras). Morador do bairro de Vista Alegre, sua casa foi um dos pontos de encontro de sambistas importantes no cenário musical do Rio de Janeiro. Em seu livro "171 Lapa-Irajá", o poeta, letrista e contista Nei Lopes dedicou-lhe um conto: Armações de Camunguelo, referindo-se ao amor do flautista pela construção de um barco de pesca de nome "Camunguelo I".

Faleceu em decorrência de complicações causadas por diabetes, sendo sepultado no Cemitério de Irajá, subúrbio do Rio de Janeiro.

Obras

Joanita, Lá na favela (c/ Valdir Caramba), Zé Galinha (c/ Silvio da Silva)

Discografia

(1986) Explosão do pagode • Fama • LP
(2002) Festival de choro do MIS - chorando no Rio • CPC-UMES-Rob Digital • CD

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.