quarta-feira, junho 26, 2013

Chiquinho Sales

Chiquinho Sales -1935
Chiquinho Sales (Francisco Sales), nascido em 29/09/1909, foi considerado um dos compositores e humoristas mais inspirados pela dupla Alvarenga e Ranchinho, que sempre lhe solicitava músicas para integrar seu repertório, bem como pela cantora Linda Batista, que lhe pedia músicas para encenar no Cassino da Urca.

Assim comentava a revista O Malho de 28/11/1935: "Chiquinho Salles é um humorista de inegável valor: compõe e canta paródias, emboladas tece comentários humorísticos sobre as coisas da atualidades. Imita o português, italiano, francês, inglês, sírio, japonês e até... velhas corocas. Chiquinho Salles pertence ao cast da PRP-5, Rádio Atlântica de Santos, onde o cognominaram "O Humanista Filósofo". Foi companheiro do conhecido e apreciado humorista Plínio Ferraz."

Em 1939, gravou com Alvarenga e Ranchinho a moda-de-viola A mulher e o rádio e a tarantela Casamento de Miguelina, ambas de sua autoria e Alvarenga e Ranchinho. Nesse ano, sua moda-de-viola Musga estrangeira, com Alvarenga e Ranchinho, foi gravada por esta mesma dupla.

Em 1940, obteve grande sucesso com a valsa Romance de uma caveira, lançada por Alvarenga e Ranchinho, também parceiros na composição da música. No mesmo ano, compôs com e mesma dupla, as modas-de-viola Moda dos poetas; Moda dos cantores e Modas dos ispique, e a valsa Leonor, gravadas pela dupla.

Em 1941, teve os sambas-choro Meu bamba, com Luiz Peixoto e Eu fui à Europa, este, um grande sucesso, gravados por Linda Batista na Victor.

Em 1942, teve mais quatro composições gravadas por Linda Batista, os sambas "Salve a batucada"; Namorado ciumento e Mau costume, parcerias com Buci Moreira e Carlos Souza, e o choro A vida é isto.

Também nesse ano, as modas-de-viola Moda do casamento e Fado da loucura, e a marcha Vamos arrastá o pé, parcerias com Alvarenga, foram gravadas pela dupla Alvarenga e Ranchinho, além do samba Minha jangada, com Vicente Paiva, gravado na Victor por  Leo Albano.

Em 1943, o corrido Ai que rico, com Alvarenga, foi lançado por Alvarenga e Ranchinho embora tivesse sido gravado três anos antes. Ainda nesse ano, seu samba Da Central a Belém, foi lançado por Linda Batista na Victor.

Em 1944, fez com Alvarenga as modas-de-viola Homem pesado e Moda dos dotô, gravadas pela dupla Alvarenga e Ranchinho, e com Vicente Paiva fez o samba Oração ao Bonfim, gravada por Francisco Alves.

No ano seguinte, a embolada Quem será o homem e o Desafio de perguntas, com Alvarenga, foram lançadas por Alvarenga e Ranchinho, e a valsa Tu, com Lincoln Ernesto, foi gravada na Continental por Fernando Borel.

Em 1946, a rancheira Essa "porka" é minha, com Alvarenga, foi gravada pela dupla Alvarenga e Ranchinho e pela cantora Linda Batista.

Teve mais de vinte músicas gravadas, a maior parte delas pela dupla Alvarenga e Ranchinho.

Playlist





Obra


A mulher e o rádio (c/ Alvarenga e Ranchinho), A vida é isto, Ai que rico (c/ Alvarenga), Casamento de Miguelina (c/ Alvarenga e Ranchinho), Da Central a Belém, Desafio de perguntas (c/ Alvarenga), Essa "porka" é minha (c/ Alvarenga), Eu fui à Europa, Fado da loucura (c/ Alvarenga), Homem pesado (c/ Alvarenga), Leonor (c/ Alvarenga e Ranchinho), Mau costume (c/ Buci Moreira e Carlos Souza), Meu bamba (c/ Luiz Peixoto), Minha jangada (c/ Vicente Paiva), Moda do casamento (c/ Alvarenga), Moda dos cantores (c/ Alvarenga e Ranchinho), Moda dos dotô (c/ Alvarenga), Moda dos ispique (c/ Alvarenga e Ranchinho), Moda dos poetas (c/ Alvarenga e Ranchinho), Musga estrangeira (c/ Alvarenga e Ranchinho), Namorado ciumento, Oração ao Bonfim (c/ Vicente Paiva), Quem será o homem (c/ Alvarenga), Romance de uma caveira (c/ Alvarenga e Ranchinho), Salve a batucada (c/ Buci Moreira e Carlos Souza), Tu (c/ Lincoln Ernesto), Vamos arrastá o pé (c/ Alvarenga).

Discografia


1939 A mulher e o rádio/Casamento de Miguelina • Odeon • 78

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Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Revista "O Malho".

Fernando Alvarez

Fernando Alvarez, cantor lançado pela Rádio Cajuti em 1934, é considerado por alguns historiadores como um dos responsáveis pelo lançamento público da futura grande intérprete Linda Batista em 1938.

Foi contratado pela gravadora Odeon em 1937 e gravou o primeiro disco em abril daquele ano, lançado dois meses depois, com as rumbas Soñé que me besabas e Te quiero, de Henrique Torriente com acompanhamento de Henrique Torriente e sua orquestra cubana.

No mesmo ano, gravou com acompanhamento de Vicente Paiva e sua orquestra a marcha Canto de minha terra e o samba-canção Meu jardim, composições de Vicente Paiva e J. Carlos da Costa. Nessa época, fez apresentações seguidas no Cassino da Urca e chegou a cantar com Carmen Miranda e Linda Batista e a orquestra de Vicente Paiva.

Com a Santa Paula Serenaders do Cassino da Urca gravou as marchas A . E . I . O ..Urca!, de Paulo Magalhães e Bye, bye!, de José Rossino e Osvaldo Santiago.

Em 1938, lançou com o grupo Os Pinguins o samba Madalena, de Renato Batista e Vicente Paiva e a marcha Você usa e abusa, de Luiz Menezes e Vicente Paiva. Para o carnaval desse ano lançou o samba Onde é que você anda?, de Ciro de Souza gravado em dueto com Carmen Miranda em dezembro do ano anterior, com acompanhamento do Grupo Odeon.

Ainda nesse ano, gravou as rumbas Churrasco, de Djalma Esteves e Augusto Garcez e Chimarrão, de Djalma Esteves em dueto com a cantora Linda Batista que na ocasião gravava pela primeira vez, mas cujo nome no entanto, não consta no selo do disco. Também no mesmo ano, gravou com Vicente Paiva e sua orquestra as marchas Olá Belmonte!, de Jararaca e Vicente Paiva e Oitava maravilha, de Linda Batista, em dueto com a cantora.

Em 1939, foi contratado pela gravadora Victor e lançou os sambas Reboliço nas cadeiras, de  Russo do Pandeiro e Darci de Oliveira e Não seja desigual, de Russo do Pandeiro e Peterpan. Em seguida, gravou a marcha Olha o quitandeiro, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira e os sambas Paciência, de Roberto Martins e Roberto Roberti e Quem mandou você errar, de Ataulfo Alves e Augusto Garcez.

Gravou em 1940 a valsa Amor, saúde e dinheiro, de Caio de Freitas e R. Sciammarelli e o swing Lá longe no sul, de Kennedy Carr, com versão de Mário Lago. No ano seguinte, gravou as marchas Carolina, de Bonfiglio de Oliveira e Hervé Cordovil; Eva querida, de Benedito Lacerda e Luiz Vassalo; O teu cabelo não nega, de Irmãos Valença e Lamartine Babo e Pierrô apaixonado, de Noel Rosa e Heitor dos Prazeres. Gravou também os sambas Os quindins de Iaiá, de Ary Barroso e É bom parar, de Rubens Soares em disco lançado em março do ano seguinte.

Seu maior sucesso foi a marcha Olha o quitandeiro, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, relançada pelo selo Revivendo no volume 11 da série Carnaval sua História, sua glória. Gravou 14 discos pelos selos Odeon e Victor.

Playlist










Discografia


Soné que me besabas/Te quiero (1937) Odeon 78
Canto de minha terra/Meu jardim (1937) Odeon 78
A . E . I . O ..Urca!/Bye, bye! (1937) Odeon 78
Madalena/Você usa e abusa (1937) Odeon 78
Onde é que você anda? (1937) Odeon 78
Churrasco/Chimarrão (1938) Odeon 78
Olá Belmonte!/Quem te dará? (1938) Odeon 78
Oitava maravilha (Com Linda Batista)/Turca da Urca (1938) Odeon 78
Reboliço nas cadeiras/Não seja desigual (1939) Victor 78
Olha o quitandeiro/Paciência (1939) Victor 78
Chave na janela/Quem mandou você errar (1939) Victor 78
Amor, saúde e dinheiro/Lá longe no sul (1940) Victor 78
Carolina/Eva querida (1941) Victor 78
O teu cabelo não nega/Pierrô apaixonado (1941) Victor 78

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Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Revista "O Malho", de 27/09/1934; www.musicapopular.org / fernando-alvarez.