segunda-feira, janeiro 03, 2011

Almanir Grego


Almanir Grego, compositor, poeta e veterinário, nasceu em Niterói, RJ, em 8/6/1909, e faleceu na mesma cidade, em 1995. Teve atuação musical constante entre as décadas de 1930 e 1940.

Grande folião destacou-se no carnaval de Niterói tanto como compositor como participante de blocos, entre os quais o Bloco dos Solteiros, que era segundo depoimento dele mesmo, "composto por mais de trezentos figurantes e todos solteirinhos da silva".

Gravou sua primeira composição em 1935, a canção Beijo mascarada, com Gadé, lançada na Odeon por João Petra de Barros. No ano seguinte, o choro Onde ficou a minha sorte?, com Gadé, foi gravado por Aurora Miranda, e o também choro Polichinelo, com Gadé, foi registrado por Carmen Miranda, as duas na Odeon.

Em 1937, seu choro "Noivado desfeito, com Gadé, foi gravado na Odeon pela cantora Aurora Miranda, e a marcha Primavera da vida, com André Filho, foi lançada, também na Odeon, por Carmen Miranda. No ano seguinte, J. B. de Carvalho registrou na Victor o samba Princípio de amor, e Aurora Miranda, também na Victor, o maxixe Petisco do baile, com Gadé.

O grupo Anjos do Inferno gravou, em 1939, sua marcha Tim-tim por tim-tim. No ano seguinte, o grupo Bando da Lua gravou na Columbia o samba Ora, ora, com Gomes Filho, um dos sucessos daquele ano.

Em 1941, na Odeon, Odete Amaral gravou a valsa Minha primavera, e Almirante o samba Eu e a lua, com Gadé, enquanto na Columbia, o cantor Vassourinha registrou o samba Ela vai à feira, com Roberto Roberti.

Teve outra composição gravada por Odete Amaral na Odeon em 1942: o samba-maxixe Pra que tanto balanço. No ano seguinte, o grupo Quatro Ases e um Coringa gravou o samba Nós dois, parceria com Gadé.

Em 1944, o samba Livro do passado, com Valfrido Silva, foi gravado por Orlando Silva na Odeon. Em 1945, a marcha O que é que eu tenho com isso, parceria com Amado Régis e Gadé, foi gravada por Jorge Veiga, as marchas E o mundo se distrai e Meu amor és tu, ambas com Amado Régis e Gadé, foram registradas por Elvira Pagã, todas na Continental. Nesse ano, o choro Coisas que ficaram para trás, com Alberto Ribeiro, e o samba Calma Dinorah, com Valfrido Silva, foram lançadas na Continental pelo grupo vocal Os Trovadores, e o samba Cantora de samba foi registrado, também na Continental, pela cantora Linda Rodrigues. Teve ainda o samba Pura ilusão, com Gadé, gravado na Continental por Edna Cardoso.

Em 1949, Abílio Lessa gravou a marcha Síria-libanesa, parceria com Alcir Pires Vermelho. Em 1952, o samba Ingratidão, com Rutinaldo foi gravado na Todamérica por Elizeth Cardoso. No ano seguinte, o choro Trombone na gafieira, com Luiz Carneiro foi gravado na Odeon por Raul de Barros e seu conjunto, com vocais de Gilda de Barros, e relançado dois anos depois. Ademilde Fonseca regravou no ano seguinte o choro Polichinelo, com Gadé.

Em 1957, o maxixe Petisco do baile, com Gadé, foi regravado por Aurora Miranda na Sinter. Teve o samba Ora...ora regravado por Araci de Almeida no LP Samba é Aracy de Almeida lançado pela gravadora Elenco em 1966.

Em 1984, fundou o Templo da Seresta, uma entidade de cunho lítero-musical, destinada a preservar o que há de melhor na música popular brasileira, prestando constantes homenagens aos autores e intérpretes. A fundação se deu durante a apresentação do "rande Jornal Fluminense, um noticiário radiofônico que tinha como prefixo uma composição sua.

Em 1992, gravou um disco pelo selo Niterói Discos do qual constou Vila Real da Praia Grande - Hino a Niterói, parceria com Nilo Neves.

Parceiro de importantes nomes da música popular brasileira como Valfrido Silva, Alcyr Pires Vermelho, Alberto Ribeiro, Rutinaldo e André Filho, teve Gadé como parceiro mais constante. Além das irmãs Miranda, suas composições foram lançadas por Elizeth Cardoso, Aracy de Almeida, Raul de Barros, Linda Rodrigues, Quatro Ases e Um Coringa, Orlando Silva, Eliseth Cardoso, Gordurinha, Noite Ilustrada e outros. Seu maior sucesso foi o choro Polichinelo, gravado por Carmen Miranda e por Ademilde Fonseca.

Obra

A voz do povo (c/Frazão), Beijo mascarada (c/Gadé), Calma Dinorah (c/Valfrido Silva), Cantora de samba, Coisas que ficaram para trás (c/Alberto Ribeiro), E o mundo se distrai (c/Amado Régis e Gadé), Ela vai à feira (c/Roberto Roberti), Eu e a lua (c/Gadé), Ingratidão (c/Rutinaldo), Livro do passado (c/Valfrido Silva), Meu amor és tu (c/Amado Régis e Gadé), Minha primavera (c/Gadé), Nóis dois (c/Gadé), Noivado desfeito (c/Gadé), O que é que eu tenho com isso (c/Amado Régis e Gadé), Onde ficou a minha sorte? (c/Gadé), Ora...ora (c/Gomes Filho), Petisco do baile (c/Gadé), Polichinelo (c/Gadé), Pra que tanto balanço, Primavera da vida (c/André Filho), Princípio de amor, Pura ilusão (c/ Gadé), Síria-libanesa (c/Alcyr Pires Vermelho), Tim-tim por tim-tim, Trombone na gafieira (c/Luiz Carneiro).

Fontes: www.musicapopular.org/almanir-grego; Dicionário Cravo Albin da MPB.

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