sexta-feira, fevereiro 16, 2018

Cubanacan - Ney Matogrosso


Cubanacan (1938) - Moises Simons, Sauvat e Chamfleury - Intérprete: Ney Matogrosso

LP Ney Matogrosso / Título da música: Cubanacan / Moises Simons (Compositor) / Sauvat (Compositor) / Chamfleury (Compositor) / Ney Matogrosso (Intérprete) / Gravadora: Continental / Ano: 1975 / Nº Álbum: 1.01.404.105 / Lado B / Faixa 3 / Gênero musical: Música latina.



Coubanakan
Misterioso país del amor
Dónde forman tus cantos en flor
Un vergel primoroso


Coubanakan
Maravilla de luz y calor
Tu perfume despierta el ardor
Con placer delicioso


Coubanakan
Preferida del sol y del mar
Todo unido evocan un cantar
De lejamos amores


Coubanakan
Guardaré tu recuerdo en mi ser
Porque allí tengo yo a mi querer
Y mi más loco afán
Tengo todo mi afán
En mi Coubanakan

América do Sul - Ney Matogrosso


América do Sul (1975) - Paulo Machado - Intérprete: Ney Matogrosso

LP Ney Matogrosso / Título da música: América do Sul / Paulo Machado (Compositor) / Ney Matogrosso (Intérprete) / Gravadora: Continental / Ano: 1975 / Nº Álbum: 1.01.404.105 / Lado B / Faixa 4.


Tom: D

D                    A
Desperta América do Sul
D                         A
Desperta a praia, mar do sol
        D
Deixa correr
                                E
Qualquer rio que alegre esse sertão
                          B
Essa terra morena, esse calor
                            F#
Esse campo e essa força tropical
D                    A
Desperta América do Sul
D                          A
Deus salve essa América Central
       D
Deixa viver
                          E
Esses campos molhados de suor
                             B
Esse orgulho latino em cada olhar
                             F#
Esse campo e essa aurora tropical

Ney Matogrosso - Biografia


Ney Matogrosso (Ney de Souza Pereira), cantor, nasceu em 1º de agosto de 1941 em Bela Vista, no Mato Grosso do Sul, fronteira com o Paraguai, e aos 17 anos entrou para a Aeronáutica, indo mais tarde trabalhar no laboratório de anatomia patológica do Hospital de Base de Brasília.


Pouco mais tarde começou a cantar em um quarteto vocal e participou de um festival universitário, depois do que enveredou para a carreira artística, querendo ser ator de teatro. Com esse objetivo foi para o Rio de Janeiro em 1966, onde virou hippie e passou a viver da venda de peças de artesanato. Trabalhou como iluminador na Sala Cecília Meireles. Fez a iluminação de vários grandes shows, como por exemplo, Paratodos, de Chico Buarque.

Em 1971 mudou-se para São Paulo, adotou o nome artístico Ney Matogrosso e passou a integrar o grupo Secos e Molhados, que, em apenas um ano e meio de vida, tornou-se um fenômeno, vendeu mais de um milhão de discos e se desfez. Ney projetou-se com o sucesso da banda, chamando a atenção por sua voz e por seu desempenho sempre teatral no palco.

Com o fim do grupo em 1974, seguiu uma carreira individual de sucesso, gravando então o LP Tercer mundo, pela Continental, mesma gravadora do LP Água do céu-pássaro, lançado no ano seguinte. Por essa época, fez shows no Rio de Janeiro e em São Paulo e trabalhou com Astor Piazzola em Milão, Itália, gravando um compacto duplo com ele e seu grupo. Ainda pela Continental lançou os dois LPs posteriores: Bandido (1976) e Pecado (1977). Pela WEA, lançou o LP Feitiço, em 1978.

No ano seguinte, com o show Seu tipo, pretendeu mudar a imagem andrógina e espalhafatosa, mas a tentativa não deu certo. Gravou o LP Seu tipo, WEA. Lançou em 1980 o LP Sujeito estranho, WEA. No ano seguinte, o disco Ney Matogrosso, Ariola, incluiu América do Sul (Paulo Machado) e Coubanakan (Moisés Simon, Sauvat e Champfleury) e ganhou um Disco de Ouro.

Em 1982 fez sucesso com o show Matogrosso, no Canecão, Rio de Janeiro, com destaque para Deixar você (Gilberto Gil) e Tanto amar (Chico Buarque). Gravou Matogrosso, Ariola.

Em 1983, já tendo lançado 8 LPs individuais, e recebido quatro prêmios, sendo dois Discos de Platina e dois Discos de Ouro, fez sua primeira tournee européia, que teve como ponto de partida o Festival de Jazz de Montreux (Suíça). Também nesse ano comemorou 10 anos de carreira, com o LP Pois é, Ariola.

Em 1984, numa iniciativa pioneira, alugou a lona do Circo Tihany e fez o espetáculo Destino de aventureiro, que ficou 5 meses em cartaz no Rio de Janeiro e depois correu o Brasil. Gravou pela Barclay o LP homônimo, que tambem recebeu Disco de Ouro e de Platina. Depois de dois anos sem gravar, voltou em 1986 com o LP Bugre.

Em 1990 lançou o disco A flor da pele, com Rafael Rabelo (Som Livre). A biografia Ney Matogrosso — um cara meio estranho, da jornalista Denise Pires Vaz, foi lançada em 1992-1993. Dirigiu o Prêmio Sharp de 1993, feito em homenagem a Ângela Maria e Caubi Peixoto. Em 1994 lançou As aparências enganam, com o grupo Aquarela Carioca (Polygram).

Em 1995 fez tournee pelo Brasil cantando o repertório de Ângela Maria, gravado no disco Estava escrito (Polygram). Gravou em 1996 Um brasileiro, disco dedicado a obra de Chico Buarque (Polygram). Em 1997 lançou pela Polygram o CD O cair da tarde, tributo a Villa-Lobos e Tom Jobim. Apresentou-se em shows de lançamento do CD com o pianista Leandro Braga e o grupo Uakti.

Confiram mais detalhes sobre este excelente intérprete da MPB em seu Site Oficial. Algumas da músicas abaixo são gravações de outros intérpretes.

Algumas letras e músicas cifradas:


Carmélia Alves - Biografia

Carmélia Alves, cantora, nasceu no Rio de Janeiro/RJ em 14/2/1925. Filha de cearenses, nascida e criada no subúrbio carioca de Bangu, desde cedo entrou em contato com a música do Norte e Nordeste, nas reuniões de repentistas que seus pais promoviam em casa.

Em 1940 participou do programa de calouros de Paulo Gracindo, na Rádio Tupi, e depois cantou no Programa do Tiro, da Rádio Nacional, apresentado por Barbosa Júnior, que a levou para cantar, com contrato, em seu outro programa, O Picolino. Nesse começo de carreira, em que interpretava sambas tentando imitar Carmen Miranda, foi contratada pela Rádio Mayrink Veiga por três anos.

Em 1943 passou a atuar tambêm como crooner na boate do Copacabana Palace Hotel; nesse ano gravou seu primeiro disco, na Victor, com o samba Deixei de sofrer (Dino e Popeye do Pandeiro) e a batucada Quem dorme no ponto é chofer (Assis Valente), lançado no Carnaval de 1944. Em 1944, também, excursionou por todo o país. Com a proibição do jogo em 1946, fixou-se em São Paulo SP, atuando em casas noturnas.

Voltou ao Rio de Janeiro em 1948, sendo novamente contratada pela Mayrink Veiga e pela boate do Copa- cabana Palace Hotel. Foi através do programa Ritmos da Panair, de Murilo Neri, transmitido pela Radio Nacional diariamente da boate, que começou a ser conhecida.

Em 1949 gravou, em dupla com Ivon Curi, pela Continental, o baião Me leva (Hervé Cordovil e Rochinha), o primeiro de uma série que a consagraria como a Rainha do Baião durante a década de 1950. Obteve grande sucesso com as gravações de Trepa no coqueiro (1950), de Ari Kerner, Sabiá lá na gaiola (1950) de Hervé Cordovil e Mário Vieira, o samba Coração magoado (1950), de Roberto Martins, e Cabeça inchada (1951), de Hervé Cordovil. Interpretando o baião com sotaque sulista, foi uma das maiores divulgadoras do gênero no Sul do país.

Em 1954, com seu marido, o cantor Jimmy Lester, realizou vitoriosa temporada em Buenos Aires, Argentina, cantando na boate Gong e na Rádio Belgrano, e, em 1956, já consagrada no Brasil, excursionou, durante cinco anos, pela Europa, África, Asia e E.U.A., divulgando a música brasileira e fazendo gravações.

Participou ainda de diversos filmes musicais: Tudo azul (1952), de Moacir Fenelon; Está com tudo (1952), de Luis de Barros; Agulha no palheiro (1953), de Alex Viany; Carnaval em Caxias (1954), de Paulo Wanderley; Trabalhou bem, Genival (1955), de Luis de Barros; Carnaval em lá maior (1955), de Ademar Gonzaga; e Pensão de Dona Estela (1956), de Alfredo Palácios e Ferenc Fekete.

No início da década de 1970 apresentou-se frequentemente no exterior e, em 1974, gravou o LP Ritmos do Brasil com Carmélia Alves, pela RGE, com Eu vou girar (B. Lobo e Agnaldo Alencar) e Peguei um ita no norte (Dorival Caymmi), entre outras. Em 1977, participou do show comemorativo dos 30 anos de baião, realizado no Teatro Municipal, de São Paulo, com Luiz Gonzaga, Hervé Cordovil e Humberto Teixeira. Na década de 1990, da época áurea do rádio brasileiro.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Bidu Sayão - Biografia



Estava resoluto a colocar só figuras ilustres da Música Popular Brasileira neste blog. Mas existe um vulto elogiável e que não posso deixar de incluir aqui. Chama-se Bidu Sayão. Ela, na música lírica, mostrou que o nosso Brasil, além do samba, também é de Carlos Gomes, Villa-Lobos e etc. E além disso, mostrou um patriotismo elogiável: sempre brasileira. Leiam a pequena biografia dessa linda senhora.

Dona de uma voz límpida e delicada, a soprano brasileira Bidu Sayão foi uma das mais respeitadas artistas do Metropolitan Opera de Nova York. Seu prestígio pode ser observado no próprio hall do teatro, que ostenta um imenso quadro em sua homenagem. Ao longo de sua carreira, conviveu e trabalhou com as maiores personalidades artísticas deste século, como o maestro Arturo Toscanini, um de seus grandes admiradores — ele a chamava de "la piccola brasiliana" —, Maria Callas, a pianista Guiomar Novaes e Carmem Miranda.


Além disso, foi a parceira favorita de Villa-Lobos, numa carreira que durou 38 anos. Nesse período, emprestou sua voz e imortalizou a Bachiana n.º 5, das Bachianas Brasileiras, as peças mais conhecidas e mais amadas do compositor. Esta, que foi considerada pelo maestro como a mais perfeita gravação da obra, foi escolhida para o prêmio Hall of Fame, dado pela National Academy of Recording Arts and Sciences.

Clássico brasileiro mais conhecido no mundo, por dois anos seguidos foi o disco mais vendido nos Estados Unidos. Bidu Sayão iniciou seus estudos musicais no Rio de Janeiro e aos 18 anos fez sua estréia no Teatro Municipal da cidade. Iniciou sua carreira internacional na Romênia, e aperfeiçoou seu canto em Nice, na França, com Jean de Reszke, o mais famoso professor da época, adquirindo a técnica perfeita e a delicadeza que viriam a caracterizá-la.

Em Roma, cidade que a viu nascer para o teatro lírico, foi surpreendida por um convite para que abrisse a temporada do Teatro Constanzi. Sua interpretação de Rosina em O Barbeiro de Sevilha, de Rossini, foi feita de forma tão admirável que lhe rendeu a entrada definitiva no rol dos grandes intérpretes líricos da Europa.

Em 1925, de volta ao Brasil, cantou novamente O Barbeiro de Sevilha antes de inaugurar outra temporada do Teatro Constanzi. Depois disso, atuou nos mais importantes teatros do Velho Mundo, como o Teatro São Paulo, em Portugal, Teatro Opera Comique de Paris e o Alla Scala de Milão, por exemplo.

Excelente atriz, sua força interpretativa garantiu-lhe viver 22 heroínas diferentes, entre elas, Ceci (O Guarani, Carlos Gomes), Gilda (Rigoletto, Verdi), Mimi (La Bohéme, Puccini), Suzana (Bodas de Fígaro, Mozart) e Violeta (La Traviata, Verdi).

Em 1936, a soprano brasileira Bidu Sayão fez sua grande estréia para o público norte-americano, cantando La Demoiselle Élue, de Debussy, em apresentação regida pelo maestro Toscanini no Carnegie Hall, em Nova York. Em 1937, estreou no Metropolitan Opera House de Nova York (onde foi grande figura por mais de 15 anos), cantando o papel título da ópera Manon, de Jules Massenet. O volume de convites que recebeu para cantar, na época, fez com que interpretasse 12 papéis diferentes em 13 temporadas.

Em fevereiro de 1938, cantou para o casal Roosevelt na Casa Branca. Na ocasião, o presidente chegou a oferecer-lhe a cidadania americana — rejeitada na hora por Bidu, que sempre cultivou o sonho de terminar a carreira e a vida como brasileira.

Encantados com Bidu Sayão, os americanos não a deixaram partir. Continuou a dar concertos através de todo o país, sempre colhendo triunfos, sendo, por isso, chamada pelos americanos de The Charming Singer. Em agosto de 1955, obteve um de seus maiores sucessos cantando no Hollywood Bowl. Com a Calgary Symphony Orchestra, foi chamada de "Glamorous Soprano Star".

Entre idas e vindas, o "Rouxinol Brasileiro" — apelido que ganhou do escritor Mário de Andrade — apresentou-se diversas vezes em palcos nacionais. Esteve no Rio de Janeiro em 1926, 1933, 1935 e 1936. Em São Paulo, apresentou-se nos anos de 1926, 1933, 1935, 1936, 1937, 1939, 1940 e 1946. Durante essas temporadas, cantou O Barbeiro de Sevilha, Rigoletto, Matrimônio Secreto, Um Caso Singular, Soror Madalena, O Guarani, Manon, Romeu e Julieta, I Puritani, La Traviata, La Bohéme e Lakmé.

Em 1957, Bidu Sayão decidiu encerrar sua carreira artística. Com a mesma La Demosele Élue com que entrou nos Estados Unidos, ela encerrou a carreira em 1958, ainda em perfeita forma e recebendo as maiores homenagens e melhores críticas dos jornais. Em 1959, mais de um ano após ter encerrado a carreira nos palcos e em público, fez uma gravação da Floresta Amazônica, de Villa-Lobos, atendendo ao pedido do compositor. Com ela, Bidu Sayão encerrou definitivamente a carreira, definindo este último trabalho com seu "canto do cisne".

Em 1995 veio ao Rio de Janeiro para ser homenageada pelo enredo da escola de samba Beija-Flor. Antes de ir embora, não escondeu sua vontade de retornar ao Brasil. Bidu Sayão morreu em 1999, aos 96 anos, no Estado do Maine, local onde viveu durante a maior parte do tempo, nos Estados Unidos. Seu maior desejo era visitar o Brasil pela última vez. Sonhava em ver a Baía de Guanabara antes de morrer e planejava isto para celebrar seu centenário. Após uma longa vida repleta de glórias e triunfos, a cantora não conseguiu realizar esse último desejo.


fontes: A melhor cantora lírica de todos os tempos - São Paulo ImagemData.

Bombocado - Caco Velho

Denis Brean
Bombocado (samba, 1945) - Denis Brean - Intérprete: Caco Velho

Disco 78 rpm / Título da música: Bombocado / Denis Brean (Compositor) / Caco Velho (Intérprete) / Gravadora: Continental, 1945 / Nº Álbum: 15416 / Lado B / Gênero musical: Samba.



Ô nega, você me deixa abafado
Com gosto de bom-bocado
Quando me beija a boca
Seu beijo é uma coisa louca
Eu já estou viciado
Nesse gostoso melado

Seu beijo tem qualquer coisa de forte
Mais poderoso que a morte
Eis em resumo a razão
Seu beijo parece uma granada
Que entra pelos meus lábios
E vai até o coração.

Caco Velho - Biografia


Caco Velho (Mateus Nunes), cantor, instrumentista e compositor, nasceu em Porto Alegre/RS, em 12/3/1909, e faleceu em São Paulo, em 14/9/1971. Era filho de um violonista amador, trabalhou como auxiliar de mecânico na Editora Globo e desde cedo se interessou pelo samba.

Estreou, em 1932, na Rádio Gaúcha, como pandeirista do Regional de Piratini, conjunto no qual foi também crooner e tocou piano, baixo e bateria. Nessa época, apresentou-se em rádios e boates em Montevidéu, Uruguai, e Buenos Aires, Argentina, cantando sempre uma música de que gostava muito - Caco velho (Ary Barroso), que originou seu apelido.

Mudou-se para São Paulo em 1940, ingressando na orquestra de J. França e atuando no Cassino OK. Descoberto por Dermeval Costa Lima em 1943, foi levado para a Rádio Tupi, tornando-se cantor muito popular e passando a ser conhecido como "o homem com uma cuíca na garganta", por imitar o som de cuíca em vocalizações.

Gravou pela primeira vez, em disco Odeon de 78 rpm, em 1944, cantando os sambas Briga de gato (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins) e Maria caiu do céu (com Nilo Silva).

Na Continental gravou os sucessos: em 1945, o samba Bombocado (Denis Brean); em 1946, um de seus grandes sucessos, o samba Meu fraco é mulher (Matias da Cruz e Heitor Barros) e o samba É doloroso (Heitor Barros e Alfredo Borba), em 1948, Alegria de pobre (Ciro de Souza).

Trabalhou também em cinema, participando dos filmes Carnaval Atlântida (de José Carlos Burle, 1952), Mulher de verdade (de Alberto Cavalcanti, 1954) e Carnaval em lá maior (de Ademar Gonzaga, 1955).

Ainda na Rádio Tupi, apresentou-se como crooner do conjunto de Robledo e, depois, da orquestra de Georges Henri, com quem excursionou a Paris, França, em 1955. Desse ano até 1957, cantou no cabaré La Macumba, em Paris, e, de volta a São Paulo, abriu sua primeira casa noturna, Derval Bar.

Na década de 1960 teve outra casa de samba - Brazilian's Bar - e por 1966 partiu para São Francisco, E.U.A., ode ficou durante dois anos, com o conjunto do Brazilian's Bar, apresentando-se em boates e shows em universidades.

Seguiu para Lisboa, Portugal, em 1968, onde fez apresentações em teatros, rádio e televisão.

Voltando a São Paulo, em 1970 passou a atuar nas boates Jogral e Mondo Cane, e no ano seguinte inaugurou nova casa de samba, Sem Nome Drinks. Participou, em 1971, do programa Som Livre Exportação, na TV Globo.

Como compositor destacou-se com Mãe preta (com Antônio Amabile), Barco negro (ambos gravados pela portuguesa Amália Rodrigues), Não faça hora, outro grande êxito em sua interpretação, e Não bobeie Kalamazu, gravada pelos Namorados da Lua.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Carolina Cardoso de Meneses - Biografia

Carolina C. Meneses - 1941
Carolina Cardoso de Meneses, instrumentista e compositora, nasceu no Rio de Janeiro/RJ em 27/05/1916 e faleceu em 31/12/2000. Filha do pianista Osvaldo Cardoso de Meneses, começou a estudar piano aos 13 anos com Zaíra Braga e depois com Gabriel de Almeida e Paulinho Chaves. Formou-se em teoria e solfejo pelo I.N.M. (Instituto Nacional de Música), em 1930, estudando a seguir harmonia com seu primo Newton Pádua.

Ainda nesse ano, participou da histórica gravação do samba Na Pavuna (Almirante e Homero Dornellas), estreando realmente como profissional na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, passando depois por várias emissoras, como a Rádio Educadora, Philips e Mayrink Veiga.

Gravou sua primeira composição, em 1932, pela Odeon: o fox Preludiando; e em 1935 transferiu-se para a Rádio Tupi, indo nove anos depois para a Nacional, onde ficou até 1968, quando se aposentou.

Em 1942 gravou três 78 rpm com Garoto, sob o título Garoto e Carolina. Complementando a tarefa iniciada por Ernesto Nazareth, ajudou a adaptar o chorinho para piano, como no seu LP gravado sob etiqueta Sinter Música de Ernesto Nazareth.

Compôs diversos sambas, choros, foxes e baiões, destacando-se na sua obra Aquela rosa que você me deu (com Armando Fernandes), marcha-rancho defendida por Ellen de Lima e classificada em segundo lugar no II Concurso de Músicas de Carnaval, promovido em 1968 pela Secretaria de Turismo do Estado da Guanabara.

Outros sucessos seus: Aquela rosa que você me deu, marcha-rancho (1967); Ausência, fox (1938); Caboclinha (com Osvaldo Cardoso de Meneses), choro (1933); Comigo é assim, choro; Era tão lindo o meu amor, canção (1932); Esquina da vida (com Armando Fernandes), samba (1954); Eu e ela, samba (1958); Mentiras (com René Bittencourt), bolero (1958); Nós dois (com A Fernandes), samba (1954); Nosso mal, samba (1953); Papai Noel (com Jorge André), canção (1931); Pombo-correio, choro (1931), e Preludiando, fox (1932).

A partir da década de 70 diminuiu suas atividades artísticas. Em 1997 gravou um CD com clássicos como Odeon (Ernesto Nazareth), Lamento (Pixinguinha) e Tico-tico no fubá (Zequinha de Abreu) e composições de sua autoria.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira: erudita, folclórica e popular. Popular. São Paulo, Art Editora.

Minha linda Salomé - Bob Nelson

Minha linda Salomé (marcha, 1945) - Denis Brean e Vitor Simon - Intérprete: Bob Nelson

Disco 78 rpm / Título: Minha linda Salomé / Autoria: Brean, Denis (Compositor) / Simon, Vitor (Compositor) / Bob Nelson, 1918-2009 (Intérprete) / RCA Victor, 1944 / Álbum 800256 / Lado B / Lançamento: 1945


Quando eu vou pro meu rancho da montanha
Vou montado nesse meu cavalo amigo
Ainda existe algo mais que me acompanha
E por ela com todo mundo eu brigo


Eu por ela desacato
O mais temível bandoleiro
E por ela também mato
Até meu melhor rancheiro
Ela tem os olhos tristes como um lago
Já venceu um concurso lá em Chicago


Meus senhores
Vou dizer quem ela é
Entretanto, adivinhe quem quiser
É a minha linda vaca Salomé.

Bob Nelson - Biografia


Bob Nelson (Nelson Pérez), cantor e compositor, nasceu em Campinas, SP, em 12.10.1918, sendo o 6º dos oito filhos de José Pérez, espanhol, ferroviário da Mogiana e dono do Hotel Dalva, e de D. Floresmina. Fez o grupo escolar que funcionava em anexo à Escola Normal e formou-se contador na Escola de Comércio São Luiz. Em sua família só ele teria pendores artísticos.


Com 11 anos já trabalhava no comércio. Depois entrou na Mogiana, apenas para atender ao desejo do pai, foi contador da Armour e caixeiro-viajante. Iniciou-se como crooner da Orquestra Julinho e cantor-solista do Grupo Cacique, que apresentava na Rádio Educadora de campinas (PRC-9), nas pegadas do Bando da Lua e dos Anjos do Inferno, e era formado, além dele, por Paulinho Nogueira e seu irmão Celso, Armando do Couto, primo dos dois e médico, Aimoré dos Santos Matos, oficial, e pelo professor Enéas.

Quando Carmen Miranda se apresentou em Campinas, em 1939, lá estavam eles acompanhando a Pequena Notável. Uma noite, depois de assistir ao filme Idílio Nos Alpes, no Cine Rink, na rua Barão de Jaguara, por brincadeira, começou a se comunicar com um amigo à maneira das montanhas do Tirol, como o cowboy-cantor Gene Autry, com menos perfeição, já vinha fazendo. Aquilo fez vibrar as mocinhas que passavam.

Durante a semana, para viver percorria a Central do Brasil como vendedor das meias Ethel, que ninguém comprava devido ao preço. Uma noite, em Taubaté, cantou no serviço de alto-falante uma adaptação que tinha feito de Ó Suzana. Agradou demais e foi estimulado a ir à Hora da Peneira Rodine, na Rádio Cultura de São Paulo. Vai com o amigo Paulo, que fica com o 2º lugar, com Lábios que beijei, e ele, com Ó Suzana, com o 1º, repartindo entre si, conforme o combinado, os prêmios, 100 e 50 cruzeiros respectivamente, ou seja, 75 para cada um. Aí resolve ficar por São Paulo, tornando-se um "calouro profissional".

Quando canta, sempre Ó Suzana, no programa Calouros do Chá Ribeira, na Rádio Tupi, o diretor Dermival Costalima o contrata a 300 cruzeiros por mês. Numa reunião de diretores, fica decidido que Nelson Pérez positivamente não era nome de cowboy. Um diretor, folheando uma revista de cinema, dá com o nome de Robert (Bob) Taylor, grande galã da época. Costalima tem o estalo: "Bob Nelson!". Nessa ocasião, Assis Chateaubriand, todo-poderoso dono das Associadas, estava empenhando em homenagear, na Tupi, o oficial-comandante americano do Atlântico Sul. Teve uma de suas idéias: "Rapaz, pegue este dinheiro, vá à loja Sloper e compre uma roupa completa de cowboy. E cante Suzana, pois o homem é do Texas!" "- O americano gostou tanto que subiu no palco para abraçar. Ele era muito alto. Abracei ele no joelho!"

Com um repertório ampliado, nesse mesmo ano de 1943, vai atuar no Cassino Ahú, de Curitiba, a 300 cruzeiros por noite. A seguir faz todo o circuito das bases militares, até Natal e Fernando de Noronha. Na volta, Ziembinski o convida para ir ao Rio de Janeiro, onde atua na Rádio Tupi e no Cassino Atlântico, a 500 cruzeiros por noite, com mais sucesso até que Gregorio Barrios e Libertad Lamarque. Como a Tupi ficasse em atraso de pagamento por quatro meses, tenta leiloar nos corredores, com colegas, seus vales e é expulso pelo diretor. Assis Chateaubriand, que o chamava de "cowboy sem cavalo", chega pouco depois e dá-lhe razão: "Atrasou, não pagou, faz leilão dessa porcaria!"

Haroldo Barbosa sem demora o recomenda a Victor Costa, diretor da Nacional. Mesmo já sabendo de seu sucesso, quer testá-lo num programa de auditório. Não deu outra: contrato imediato. Daí em diante o Vaqueiro Alegre, seu slogan, faz-se astro do disco e da Rádio Nacional, emendando um sucesso após outro como Boi Barnabé (com Afonso Simão), Eu tiro o leite (com Sebastião Lima), Minha linda Salomé (Denis Brean e Vitor Simon), Te agüenta, Mané (com Almeida Rego) e Catulé (com Murilo Latini), e sua adaptação de Ó Suzana, gravada na Victor e depois lançada nos EUA.

O Brasil também o conhece através do cinema: Este Mundo É Um Pandeiro (1946), Segura Essa Mulher (1946), É Com Este Que Eu Vou (1948), no qual canta Como É Burro O meu Cavalo! , e Estou Ai? (1949).

Muito depois, em 1970, faria papel de padre em Vale do Canaã, sob a direção de Jece Valadão. Casa-se com Antonietta Leal Perez, em 1950, e têm dois filhos, Nelson Roberto e Eduardo José, e dois netos, Luciana Antonela e Victor Eduardo. Deixando de cantar, continua na Rádio Nacional, como secretário do departamento jurídico e diretor do departamento de gravações.

Na Nacional aposenta-se em 1976, depois de 26 anos ininterruptos de trabalho na estação. Jamais pararia, contudo, de trabalhar. É representante de produtos ópticos, percorrendo todo o Brasil para promover as vendas, e sempre disposto a se apresentar artisticamente, com a mesma disposição e a mesma capacidade de conquistar qualquer platéia.


Fontes: Revivendo Músicas - Biografias; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Blecaute - Biografia


Blecaute (Otávio Henrique de Oliveira) , cantor e compositor nasceu em Espírito Santo do Pinhal SP, em 05/12/1919, e faleceu no Rio de Janeiro, em 9/2/1983. Órfão de pai e de mãe, aos seis anos foi levado para São Paulo SP, onde trabalhou como engraxate e entregador de jornais.


Estreou como cantor em 1933, no programa de calouros A Peneira de Ouro, da Rádio Tupi, e oito anos depois começou a atuar na Rádio Difusora, adotando, por sugestão do Capitão Furtado, o nome de Black-Out, abrasileirado pela imprensa para Blecaute. Entre 1942 e 1943 foi para o Rio de Janeiro RJ, contratado pela Rádio Tamoio, atuando também na Mauá e Nacional.

Em 1944 participou como cantor do filme Tristezas não pagam dívidas (direção de José Carlos Burle e J. Rui) e gravou seu primeiro disco, com Eu agora sou casado (Cristóvão de Alencar e Alcebíades Nogueira). Obteve grande sucesso no Carnaval de 1949 com Pedreiro Waldemar (Wilson Batista e Roberto Martins), mas o maior êxito de sua carreira ocorreria com o samba General da banda (Tancredo Silva, Sátiro de Melo e José Alcides), lançado no Carnaval do mesmo ano, que lhe valeu o apelido de "general da banda", com o qual passou a ser conhecido.

Consagrado como cantor de sucessos carnavalescos, destacou-se em 1951 com Papai Adão (Armando Cavalcanti e Klecius Caldas) e em 1952 com Maria Candelária (da mesma dupla). Dois anos depois, obteve grande êxito com Piada de salão e em 1955 com Maria Escandalosa (também dessa dupla), fazendo sucesso em 1959 com Chora, doutor (de J. Piedade, Orlando Gazzano e J. Campos).

Repetindo seu êxito nos carnavais, em 1963 destacou-se com o Samba do Iê-Iê-Iê (Estanislau Silva,William Duba e Rosa de Oliveira) e dois anos depois com Quero morrer no Rio, lançando em 1969 Bloco de Banana (de sua autoria), e em 1971 Teresinha Copa70 (Marli de Oliveira e Gatinho).

Além de cantor, também compôs algumas músicas, como Natal das crianças e Iansã, esta lançada no Carnaval de 1973. Gravou dois LPs, um pela Odeon, É para todo mundo cantar, e outro pela Polydor, Na boca do povo.

CDs: Carnaval - Sua história, sua glória, vol. 9, 1993, Revivendo RVCD-034; Carnaval - Sua história, sua glória, vol. 11, 1994, Revivendo RVCD-059.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Balanço Zona Sul - Wilson Simonal


Balanço Zona Sul (1959) (samba bossa, 1963) - Tito Madi - Intérprete: Wilson Simonal

LP Tem "Algo Mais" / Título da música: Balanço Zona Sul / Tito Madi (Compositor) / Wilson Simonal (Intérprete) / Lyrio Panicalli (Acomp.) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Ano: 1963 / Álbum: MOFB 3370 / Lado B / Faixa 2 / Gênero musical: Samba.


A7+            Bm7
Balança toda pra andar
  E7     A7+          Bm7
Balança até pra falar
  E7    A7+       Bm7     C#m7     D7+ Em7  A7/9
Balança tanto que já balançou meu coração
        D7+         G7/9
Balance mesmo que é bom,
         C#m7    F#m7
Do Leme até o Leblon
         B7/9
E vai juntando um punhado de gente
              Bm7   E7
Que sofre com seu andar
         A7+         Bm7
Mas ande bem devagar
    E7    A7+           Bm7
Que é pra não se cansar
    E7  A7+       Bm7      C#m7   D7+   Em7   A7/9
Vai caminhando, balan balançando sem parar
           D7+     G7/9
Balance os cabelos seus
        C#m7         F#m7
Balance cai mas não cai
       B7/9             Bm7
E se cair vai caindo, caindo
    E7     A7+
Nos braços meus

Senhorita - Tito Madi


Senhorita (valsa, 1955) - Tito Madi - Interpretação: Tito Madi

LP Tito Madi - Sua Voz... Suas Composições / Título da música: Senhorita / Tito Madi (Compositor) / Tito Madi (Intérprete) / Gravadora: Continental / Ano: 1958 / Nº Álbum: LPP 3036 / Lado A / Faixa 3 / Gênero musical: Valsa.



Vamos sair outra vez, senhorita,
A bailar, senhorita,
Vamos sair outra vez, senhorita,
A bailar, senhorita.

Tudo em redor nos convida,
Senhorita, a valsar,
Valsa que nos faz sentir, felizes,
Valsa que nos faz sonhar,
Sonhar, sonhar,
Deixo o seu rosto no meu,
Senhorita,
Só assim,
Apertarei sua mão,
Senhorita,
Contra mim,
Faça de conta que eu,
Sou o maior sonho seu,
Que nunca, se acaba,
Eternamente a sonhar,
Senhorita.

Valsa que nos faz sentir, felizes,
Valsa que nos faz sonhar,
Sonhar, sonhar,
Deixo o seu rosto no meu,
Senhorita,
Só assim,
Apertarei sua mão,
Senhorita,
Contra mim,
Faça de conta que eu,
Sou o maior sonho seu,
Que nunca, se acaba,
Eternamente a sonhar,
Senhorita.
A bailar....

Tito Madi - Biografia


Tito Madi (Chauki Maddi), compositor e cantor nasceu em Pirajuí/SP em 18/7/1929. Começou a interessar-se por música por influência do pai, tocador de alaúde, e dos irmãos, que tocavam violão e bandolim. Aos seis anos, dedilhava violão e aos dez já tocava e cantava nas festas do grupo escolar de Pirajuí.


Por essa época, criou, com os irmãos, o serviço de alto-falantes A Voz de Pirajuí e quando da inauguração da rádio local, foi chamado a colaborar, junto com os irmãos. Aos 18 anos já era um dos diretores da Rádio Pirajuí, onde fazia de tudo um pouco: era locutor, escrevia textos de programas, criava textos de publicidade e, de vez em quando, cantava.

Em 1949 compôs sua primeira música, Eu espero você, e no ano seguinte organizou, ainda na cidade natal, o conjunto de amadores Estudantes Alegres. Na mesma época, servindo no tiro-de-guerra, organizou dois shows musicais e desde então começou a se dedicar à música.

Durante dois anos, a partir de 1952, atuou como cantor na Rádio e TV Tupi, de São Paulo/SP, e em 1953 teve sua primeira composição gravada, a valsa Eu e você, interpretada pelo conjunto vocal Os Quatro Amigos, liderado por Sidney Morais, que depois dirigiu o conjunto Os Três Morais.

Em 1954 gravou Não diga não e Pirajuí (ambas com Georges Henri), pela Continental, com arranjo do maestro Luís Arruda Pais, recebendo por esse disco o título de Cantor Revelação do Ano. Transferiu-se para o Rio de Janeiro/RJ, ainda nesse ano, passando a cantar com o pianista Ribamar, no ano seguinte, em diversas boates cariocas, como Jirau, Little Club, Texas e Cangaceiro.

Por intermédio de Teófilo de Barros Filho, conseguiu um contrato com a Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, e continuou gravando pela Continental, lançando, em 1956, Senhorita e Eu voltei, acompanhado pelos Garotos da Lua e As Três Marias.

Convidado, em 1957, para participar dos festejos de aniversário da Rádio Farroupilha, em Porto Alegre/RS, compôs lá uma música de inspiração local, Gauchinha bem querer, que gravou a seguir com Chove lá fora, composição de sua autoria que atingiu as paradas de sucesso e que lhe assegurou quase todos os prêmios de melhor compositor daquele ano, tendo recebido, entre outros, o Disco de Ouro oferecido pelo jornal carioca O Globo, medalhas dos Diários Associados e da Revista do Rádio, esta recebida diretamente das mãos do presidente Juscelino Kubitschek.

Chove lá fora, com o titulo It’s Raining Outside, destacou-se também nos EUA, tendo sido gravada por Della Reese e The Platters, conjunto norte-americano que lançou num LP (um milhão de cópias vendidas) duas outras músicas suas: Quero-te assim (I Wish) e Rio triste (Sad River), todas com letras em inglês de Buck Ramm.

Tendo rescindido, em 1956, o contrato com a Rádio e TV Tupi, passou a trabalhar como cantor independente e, em 1957, gravou Fracassos do amor (com Milton Silva) e Cansei de ilusões. Dois anos depois, quando gravou o LP Sua voz.., suas composições, deixou a Continental, transferindo-se sucessivamente para a Columbia (onde gravou cinco LPs até 1964), Odeon, onde gravou um de seus maiores êxitos, Balanço Zona Sul, RCA e Odeon novamente, onde gravou uma série de LPs de sucesso, A Fossa, em quatro volumes.

Entre os seus maiores sucessos destacam-se ainda Menina moça (Luís Antônio) êxito em 1964, Carinho e amor, Canção dos olhos tristes, Sonho e saudade, Amor e paz e Chove outra vez (com Romeu Nunes). Em 1987 fez temporada no restaurante Via Brasil, em New York, EUA. Gravou 34 LPs e 10 CDs, o último disco em 1996.

Letras e cifras










Obras

Amor e paz, samba, 1964; Balanço Zona Sul, samba, 1965; Cansei de ilusões, samba, 1957; Canto do engraxate, samba, 1957; Carinho e amor, samba, 1960; Chove lá fora, samba, 1957; Encontro no sábado (c/ Georges Henri), valsa, 1955; Eu e você, valsa, 1953; Fracassos de amor (c/Milton Silva), samba, 1957; Gauchinha bem-querer, samba, 1957; Não diga não (c/Georges Henri), samba, 1954; Olhe-me, diga-me, samba-canção, 1958; Pirajuí (c/Georges Henri), samba, 1954; Senhorita, valsa, 1956. CDs: Brasil samba-canção (c/Dóris Monteiro). 1996, Sony 479357; Tito Madi, 1996, Sony 866190.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Ora acho que vou-me embora - Dóris Monteiro


Ora Acho Que Vou-me Embora (samba, 1972) - Sidney Miller - Interpretação: Dóris Monteiro

LP Dóris Monteiro - Doris / Título da música: Ora Acho Que Vou-me Embora / Sidney Miller (Compositor) / Dóris Monteiro (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1972 / Nº Álbum: SMOFB 3744 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Samba.



Fiz um samba de primeira
Pra lhe dar em serenata
Ensaiei a tarde inteira
Pra cantar da forma exata
Nem ouviu, não disse nada
Me deixou ficar de fora
Inda pede agora pra voltar
Ora, acho que vou me embora

Convidei para o cinema
Ela disse: vou agora
Precisei de uma cadeira
Pra aturar sua demora
Até hoje estou esperando
Brincadeira assim tem hora
Inda pede agora pra voltar
Ora, acho que vou me embora

Vaidade não sossega
Quando a sorte anda por perto
Mas o tempo se encarrega
De mostrar quem esteve certo
Fez de mim o que queria
E hoje vem como quem chora
Me pedindo pra lhe perdoar

Ora, acho que vou me embora
Ora, acho que vou me embora
Ora, acho que vou me embora
Ora, acho que vou me embora...

É isso aí - Dóris Monteiro


É Isso Aí (samba, 1971) - Sidney Miller - Intérprete: Dóris Monteiro

LP Dóris Monteiro ‎– Doris / Título da música: É Isso Aí / Sidney Miller (Compositor) / Dóris Monteiro (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1971 / Nº Álbum: MOFB 3698 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Samba.


Tom: A

Intro :  4/4 [ : A  /  A  :]

A
Preparei uma roda de samba só pra ele
                G7                     A
Mas se ele não sambar isso é problema dele
A
Entreguei um palpite seguro só pra ele
                 G7                   A
Mas se ele não jogar isso é problema dele

                 D   G                  A   E7
Isso é problema dele   Isso é problema dele
                 D   G                     A
Isso é problema dele   Esse problema é só dele

      D                 G                     A
Tô cansada de andar por ai curtindo o que não é
      D                    G           A  G#m F#m E7
Preocupada em pintar uma jogada que da pé
        D                       G                   A
Só que tem que eu to numa tão certa que ninguém me diz
         D               G                 C7    E7
Quem eu sou o que devo fazer o que eu não fiz

   A    
Separei um pedaço de bolo só pra ele
                G7                     A
Mas se ele não provar isso é problema dele
     A                                                
Inventei na semana um domingo só pra ele
                 G7                   A
Se ele for trabalhar isso é problema dele

     A 
Comprei roupa sandália e sapato só pra ele
                G7                    A
Mas se ele não usar isso é problema dele
      A    
Aluguei uma roda gigante só pra ele
                G7                    A
Mas se ele não rodar isso é problema dele

refrão

Olhou pra mim - Dóris Monteiro


Olhou Pra Mim (samba, 1963) - Ed Lincoln e Sílvio César - Intérprete: Dóris Monteiro

LP Dóris Monteiro - Gostoso É Sambar / Título da música: Olhou Pra Mim / Ed Lincoln (Compositor) / Sílvio César (Compositor) / Dóris Monteiro (Intérprete) / Gravadora: Philips, 1963 / Nº Álbum: P 632.130 L / Lado B / Faixa 6 / Gênero musical: Samba.


Tom: B

Introdução: B7/9 E7/9- A6 D7/9 A6 E7/9+ 

A7M       Bm7 E7/9 
Olhou pra mim 
           Bm7 E7/9 
Sorriu pra mim 
           Bm7         E7/9-         A7M 
Fez tanta coisa pra chamar minha atenção 

         Bm7 E7/9 
Mandou dizer 
         Bm7    E7/9 
Fingiu sofrer 
         Bm7       E7/9-       A6 
Fez tudo tudo para ter meu coração 

          D#m5-/7  G#7/9- 
Eu quis olhar 
           C#m7  F#7/9- 
Eu quis sorrir 
          Bm7               F#7/9-       F7/11+ 
Eu quis dizer tanta coisa bonita pra agradar 

          Bm7  E7/9   
Porém não sei 
          Bm7 E7/9 
Me atrapalhei 
         Bm7        E7/9-    C#m5-/7   F#7/9-    
Perdi a voz, perdi até o coração 
         B7/9 E7/9-  A6 
Perdi a voz e o coração 

Dóris Monteiro - Biografia


Dóris Monteiro (Adelina Dóris Monteiro), cantora, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 21/10/1934. Começou cantando fados em programas infantis, estreando como intérprete a 31 de outubro de 1949 no programa de calouros Papel Carbono, de Renato Murce, na Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, onde interpretou Bolero, imitando Lucienne de Lille.


Em 1951, quando estudava no Colégio Pedro II, foi convidada pelo cantor Orlando Correia para cantar na Rádio Guanabara, permanecendo um mês nessa emissora, passando em seguida, graças a Alcides Gerardi, para a Rádio Tupi, onde trabalhou oito anos. Nesse mesmo ano, começou a cantar na boate do Copacabana Palace Hotel e fez sua primeira gravação, pela Todamérica, interpretando Se você se importasse (Peterpan), que foi também seu primeiro sucesso.

Em 1952, eleita Rainha dos Cadetes, gravou outro sucesso: Fecho meus olhos, vejo você (José Maria de Abreu). No ano seguinte, convidada por Alex Viany, estrelou o filme Agulha no palheiro, cantando a música do mesmo nome e sendo premiada por sua atuação como atriz.

Casou, em 1954, com Carlos Rui Meneses e, nesse mesmo ano, gravou seu primeiro LP, Vento soprando, na Continental, interpretando, entre outras, Graças a Deus (Fernando César) e Joga a rede no mar (Fernando César e Nazareno de Brito). Uma das músicas mais marcantes de seu repertório foi Mocinho bonito (Billy Blanco), gravada em 1956.

Gravou mais dez LPs, destacando-se Gostoso é sambar, de 1963, na Philips, com a faixa-título de João Melo, O que eu gosto de você (Sílvio César) e Olhou pra mim (Ed Lincoln e Sílvio César); Dóris Monteiro, de 1964, na Philips, com Samba de verão (Marcos Vale e Paulo Sérgio Vale); Mudando de conversa, de 1969, na Odeon, em que cantou dois dos maiores sucessos de sua carreira, Mudando de conversa (Maurício Tapajós e Hermínio Bello de Carvalho) e Dó-ré-mi (Fernando César); e o disco Odeon, de 1970, cujo destaque principal foi Coqueiro verde (Roberto e Erasmo Carlos). Lançou, ainda na Odeon, LPs nos anos de 1972, 1973 e 1974.

Na década de 80 gravou na Copacabana o LP Dóris Monteiro (1981) e participou do LP da Continental Dóris, Elisete, Helena e Ângela Maria, (1986). Em 1990, a convite de Lisa Ono, viajou ao Japão e realizou shows em Tóquio, Osaka e Nagóia.

No ano seguinte a Sony lançou Dóris e Tito Madi, na série Academia Brasileira de Música. No cinema, trabalhou também em Rua sem sol, de Alex Viany (1954), Tudo é música, de Luís de Barros (1957) e De vento em popa, de Carlos Manga (1957).


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Anda, vem cá - Mário Reis e Francisco Alves

Buci Moreira
Anda, Vem Cá (samba, 1932) - Buci Moreira - Interpretação: Francisco Alves e Mário Reis

Disco 78 rpm / Título da música: Anda, Vem Cá / Buci Moreira (Compositor) / Francisco Alves (Intérprete) / Mário Reis (Intérprete) / Orquestra Copacabana (Acomp.) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 03/08/1931 / Nº Álbum: 10824 / Gênero: Samba



Anda, vem cá
Se tu soubesses
Os carinhos de amor
Que eu tenho pra te dar
Se você provar
Cairá vencida
E minha será, pra toda vida

Eu gosto muito de você
Eu tenho mesmo um certo que
Não sei como explicar
Já modifiquei a minha vida
Com você minha querida
Sou capaz de me casar

És para mim uma uvinha
Uma linda moreninha
Que eu quero guardar
Anda, assim não me arrependo
Acho bom aproveitar.

Buci Moreira - Biografia

Buci Moreira, compositor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 1/8/1909 e faleceu em 1982. Neto da famosa Tia Ciata (em cuja casa, perto da Praça Onze, se reuniam pioneiros do samba), seu pai, Guilherme Eduardo Moreira, tocava violão e ele, desde pequeno, mostrou vocação para ritmista.

Em 1917, sem deixar sua casa em São Cristóvão, passou a viver também com outra família, no mesmo bairro, fazendo companhia a um menino da casa. Nessa época começou a estudar. Em 1922 foi morar com a avó, até a morte desta em 1924, e de 1925 a 1927 estudou na Escola Bom Jesus, na ilha de Paquetá.

Com a morte do pai em 1928, foi viver com os tios na Praça Onze, ingressando no Colégio Benjamim Constant. No ano seguinte desfilou pela única vez na hoje extinta escola de samba Deixa Falar.

Em 1930 foi descoberto na Praça Onze, por Francisco Alves, que gravou sua primeira música na Odeon, o samba Palhaço (com Nelson Gomes). Por essa época começou a atuar como ritmista em gravações na Odeon, formando dupla com Valdemar Silva e, depois, com Arnô Canegal.

De 1936 a 1940 desfilou (e era diretor de harmonia) na hoje extinta escola de samba Vê Se Pode, do morro de São Carlos. Em seguida trabalhou com o cineasta Moacir Fenelon, continuando a atuar como ritmista em gravações.

Em 1943 participou, com outros sambistas, do filme inacabado de Orson Welles Jangada. Em parceria com Arnô Canegal e Mutt, compôs o samba Anda, vem cá, gravado por Francisco Alves e Mário Reis e Não põe a mão, sua música mais conhecida, que ele mesmo, além de outros intérpretes, gravou com êxito na Star em 1951.

Outros sucessos seus foram Quem pode, pode e Por que é que você chora.

Obras: Anda, vem cá, samba, 1932; Em uma linda tarde, samba, 1935; Não põe a mão (c/Mutt e Arnô Canegal), samba, 1951; Quem pode, pode (c/Haroldo Torres), samba, 1950.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Foi somente uma vez - Núbia Lafayette


Foi Somente Uma Vez (Solamente Una Vez) (bolero, 1941) - Agustín Lara - Versão: Rossini Pinto - Intérprete: Núbia Lafayette

LP Núbia Lafayette / Título da música: Foi Somente Uma Vez (Solamente Una Vez) / Agustín Lara (Compositor) / Rossini Pinto (Versão) / Núbia Lafayette (Intérprete) / Gravadora: Entré/CBS / Ano: 1974 / Nº Álbum: 104284 / Lado B / Faixa 3 / Gênero musical: Bolero.


  F
Foi somente uma vez
            Gm
Que amei na vida
              C7
Foi somente uma vez
         F
E nunca mais
Uma vez nunca mais em meu peito
     D7        Gm
Guardei a esperança
      C7          Gm       C7
A esperança que é luz do caminho
       F  C7
Desta solidão 

              F
Uma vez nada mais
       Gm
A gente ama
            C7
Com loucura total
      F
E emoção
E quando esse milagre acontece
  D7         Gm
Tudo é diferente
      C7         Gm        C7
Toca os sinos e um coro de anjos
             F
Canta uma canção.

Casa e comida - Núbia Lafayette


Casa e Comida (samba-canção, 1972) - Rossini Pinto / Interpretação: Núbia Lafayette

LP Casa E Comida / Título da música: Casa e Comida / Rossini Pinto (Compositor) / Núbia Lafayette (Intérprete) / Gravadora: Entré/CBS / Ano: 1972 / Nº Álbum: 104231 / Lado A / Faixa 3 / Gênero musical: Samba-canção.


Tom: G
(intro) Am  Em  F#7  B7  Em  B7

     Em          B7                Em
 Desculpe, meu amor, o que eu lhe digo
                       D
 Mas meu bem, não é comigo
           C         B7  E7
 Que você deve lamentar
   Am                     Em
 Você nunca foi um bom marido
                       D
 Não cumprindo o prometido
        C                B7  E7
 Que jurou aos pés do altar

     Am                        Em
 É triste confessar, mas é preciso
                 D          C
 Você não teve juízo, em dizer
              B7  E7
 Que não me quis
     Am                        Em
 Perdoa, meu amor, não sou fingida
                    F#7
 Não é só casa e comida
      B7             Em
 Que faz a mulher feliz

  Am                           Em
 Noites, quantas noites eu passava
                 D
 Por você abandonada
       C          B7  E7
 A chorar na solidão
     Am                       Em
 E quando eu reclamava, você ria
                   D
 Me dizendo que ficava
          C           B7  E7
 No escritório, no serão

   Am                 Em
 Agora você tenha paciência
                     F#7
 Eu lhe peço por clemência
                       B7  E7
 Deixa em paz meu coração
    Am                    Em
 Repito o que todo mundo diz:
                    F#7
 Não é só casa e comida
      B7             Em
 Que faz a mulher feliz.
Letra:

Desculpe, meu amor, o que eu lhe digo
Mas meu bem, não é comigo, que você deve lamentar
Você nunca foi um bom marido
Não cumprindo o prometido que jurou aos pés do altar

É triste confessar, mas é preciso
Você não teve juízo em dizer que não me quis
Perdoa, meu amor, não sou fingida
Não é só casa e comida, que faz a mulher feliz

Noites, quantas noites, eu passava
Por você abandonada, a chorar na solidão
E quando eu reclamava, você ria
Me dizendo que ficava, no escritório, no serão.

Agora você tenha paciência,
Eu lhe peço, por clemência,
Deixe em paz meu coração.
Repito o que todo mundo diz:
Não é só casa e comida, que faz a mulher feliz.

Noites, quantas noites, eu passava
Por você abandonada, a chorar na solidão
E quando eu reclamava, você ria
Me dizendo que ficava, no escritório, no serão.

Agora você tenha paciência,
Eu lhe peço, por clemência,
Deixe em paz meu coração.
Repito o que todo mundo diz:
Não é só casa e comida, que faz a mulher feliz.

Núbia Lafayette - Biografia


Núbia Lafayette (Idemilde Araújo), cantora, nasceu em Açu/RN, em 21/1/1937. Aos três anos de idade, viajou com a avó para o Rio de Janeiro/RJ, onde passou a residir. Ainda criança, foi participante assídua do programa Clube do Guri, na Rádio Tupi, cantando o repertório de Vicente Celestino . Depois, na década de 1950, recebeu forte influência de Dalva de Oliveira, identificando-se com seu estilo.

Em 1958, quando trabalhava nas Casas Pernambucanas, resolveu participar do concurso A Voz de Ouro ABC, na televisão. Não ganhou o primeiro prêmio, mas despertou a atenção de um dos jurados, Jordão de Magalhães, que a convidou a se apresentar na Cave, boate paulistana da qual era proprietário. Aí conheceu o compositor Adelino Moreira, que lhe proporcionou a oportunidade de gravar na RCA.

Assim, já com o nome artístico de Núbia Lafayette, gravou em 1960 o disco de estréia, que registrava os sambas Devolvi, seu primeiro sucesso, e Nosso amargor, ambos de Adelino Moreira. Em fevereiro de 1961, saiu o segundo disco, ainda com músicas de Adelino, Preciso chorar e Solidão, sendo esta sua canção favorita. Consolidou então o estilo próprio, cantando temas românticos com voz pungente, a maioria em ritmo de bolero ou samba-canção.

Com o predomínio da Jovem Guarda no meio fonográfico, sua carreira entrou em declínio, só retornando às paradas radiofônicas no início da década de 1970, quando lançou novos sucessos, como Casa e comida, de Rossini Pinto.

CDs Brasil sentimental, 1991, Columbia 852-01912-484232; Núbia Lafayette - 20 super sucessos, 1993, Polydisc 470049


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Ed. e Publifolha.

Quem eu quero não me quer - Raul Sampaio

Raul Sampaio
Cantor, integrante do Trio de Ouro por vários anos e compositor, com mais de duzentas músicas gravadas, Raul Sampaio viveu a sua melhor fase no início dos anos sessenta. Em 1962, por exemplo, ele emplacou dois grandes sucessos, o samba-canção “Lembranças”, cantado pelo amigo Miltinho, e o bolero “Quem Eu Quero Não me Quer”, em gravação sua, lançada no final de 61, mas que estourou nas paradas depois do carnaval de 62.

Embora autor de repertório eclético, que vai do carnaval (“Eu Chorarei Amanhã”) ao mais intenso romantismo, é neste último estilo que melhor se exprime a ele pertencendo “Lembranças” (“Lembro um olhar / lembro um lugar / teu vulto amado / lembro um sorriso / e o paraíso! que tive ao teu lado”) e “Quem Eu Quero Não me Quer" (“Quem eu quero não me quer / quem me quer mandei embora / e por isso eu já não sei! o que será de mim agora”), sua canção mais gravada, inclusive com uma versão mexicana de Agustín Lara, que saiu inicialmente sem o seu nome.

Capixaba de Cachoeiro de Itapemirim, Raul Sampaio homenagearia a sua cidade na composição “Meu Pequeno Cachoeiro”, oficializada em 66 como hino do município, e que, além de sua gravação (em 63), foi sucesso na voz de Roberto Carlos (em 70), outro ilustre cachoeirense (A Canção no Tempo - Vol. 2 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34).

Quem Eu Quero Não Me Quer (bolero, 1962) - Ivo Santos e Raul Sampaio - Intérprete: Raul Sampaio

Disco 78 rpm / Título da música: Quem eu quero não me quer / Sampaio, Raul (Compositor) / Santos, Ivo (Compositor) / Sampaio, Raul (Intérprete) / Orquestra RGE (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: RGE, 1961 / Nº Álbum 10350 / Gênero musical: Bolero.

Am 
 Quem eu quero não me quer 
                        Dm 
 Quem me quer mandei embora 
                       E7 
 E por isso eu já nem sei 
                     Am 
 O que será de mim agora 
 Passo as noites recordando 
                     Dm 
 Revivendo o meu castigo 
                      E7 
 No meu quarto de saudade 
                 Am 
 Solidão mora comigo 
                         Dm 
 Por onde anda quem me quer? 
 G7                           C 
   Quem não me quer onde andará? 
 Am                  Dm 
   Que será de suas vidas 
 E7                      Am 
   Da minha vida o que será 
                         Dm 
 Não sou capaz de ser feliz 
 G7                         C 
   Ao lado de um amor qualquer 
 Am                     Dm 
   Ah! Se este fosse o outro 
 E7                            Am 
   Que eu amo tanto e não me quer.